SC em risco: entenda como o degelo antártico ameaça costa catarinense
Derretimento na Antártida aumenta o risco de inundações nas costas de Santa Catarina, fato que representa uma ameaça significativa para a região.
O derretimento das vastas geleiras da Antártida, um fenômeno de escala global, tem provocado crescente preocupação nos últimos anos. À medida que as temperaturas globais continuam a aumentar devido às mudanças climáticas, as consequências desse derretimento se tornam cada vez mais evidentes e impactantes.
Entre as áreas costeiras suscetíveis a esse fenômeno, encontra-se o estado de Santa Catarina (SC), no Sul do Brasil. Essa região, conhecida por sua beleza natural e pela vibrante economia costeira, enfrenta uma ameaça iminente à medida que os níveis do mar sobem devido ao derretimento do gelo antártico.
Derretimento na Antártida pode afetar costa de Santa Catarina
Imagem: Freepik/Reprodução
O gelo marinho ao redor da Antártida atingiu seu menor nível histórico durante o inverno, segundo o Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC). Essa situação tem gerado preocupações sobre as mudanças climáticas.
Em 10 de setembro deste ano, as placas de gelo cobriam apenas 16,96 milhões de quilômetros quadrados. Essa é a menor extensão já registrada para um inverno desde 1979, quando as medições por satélite começaram.
Essa diminuição representa cerca de 1 milhão de quilômetros quadrados a menos do que o recorde anterior, estabelecido em 1986.
O degelo é atribuído às mudanças climáticas, o que, por sua vez, afeta as áreas costeiras devido ao aumento do nível do mar, conforme explicado pelo professor Mauro Michelena, da Univali.
“Ela pode causar uma elevação do nível do mar, que é gradual, não é uma coisa instantânea. Outro impacto muito importante é uma água mais quente, que expande o volume de água e também vai fazer o nível do mar subir em todo o planeta”, explica o professor.
As projeções indicam que o nível do mar pode subir até meio metro nos próximos 50 anos, com a extensão desse aumento dependendo da quantidade de gases do efeito estufa emitidos pela população.
Além disso, o degelo pode provocar alagamentos em regiões antes não afetadas, levando à erosão costeira e à instabilidade das praias.
O aquecimento global também está relacionado ao aumento da intensidade das ressacas, alertando para os diversos danos associados a esse fenômeno.
“Com isso, haverá ondas mais altas que ocorrerão com mais frequência e serão mais intensas. Isso causará a retirada da areia, caracterizando a erosão costeira, que é um problema bastante grave”, pontua Michelena.