Rumo ao futuro: IA é desenvolvida para prever a morte; entenda
Um grupo de cientistas elabora uma nova inteligência artificial capaz de prever a morte. Veja os detalhes!
Ditados populares já nos lembram de que “a única certeza da vida é a morte” e que “a única coisa na vida que não tem solução é a morte”. É certo que isso vai chegar para todos, mas e se nós pudéssemos nos preparar?
Pensando nisso, um grupo de cientistas desenvolve uma inteligência artificial (IA) que promete prever o fim de cada um!
Como essa pesquisa foi realizada?
Inteligência artificial realmente terá sucesso ao prever a morte – Imagem: SomYuZu/Shutterstock/Reprodução
Sune Lehmann é o líder da equipe de pesquisadores da Dinamarca empenhados nessa IA capaz de prever a mortalidade.
A pesquisa envolveu uma análise minuciosa de conjuntos extensos de dados, revelando padrões sutis que oferecem informações cruciais sobre a expectativa de vida de um indivíduo.
Tal avanço não apenas sinaliza uma nova era para intervenções médicas precoces, planos de tratamento personalizados e alocação estratégica de recursos, mas também suscita questões éticas.
O desenvolvimento da tecnologia de previsão não está isento de complexidades filosóficas. Antecipar a mortalidade vai além da busca científica, adentrando as profundezas da psique humana.
Embora revelar a expectativa de vida potencial ofereça clareza, também pode desencadear ansiedade, temor e inquietação existencial.
Smriti Kirubanandan, perito em Saúde e Tecnologia, destaca esse paradoxo, enfatizando que o poder preditivo dessa tecnologia, embora perturbador para alguns, abre portas para chances extraordinárias de autoempoderamento.
Ao obter insights sobre os riscos de saúde, os indivíduos conseguem tomar decisões informadas sobre seu estilo de vida, cuidados com a saúde e considerações para o fim da vida.
O avanço na predição de mortalidade por meio de modelos sofisticados de IA representa um momento crucial com implicações profundas tanto para pacientes quanto para prestadores de serviços de saúde, ultrapassando as práticas convencionais.
Para instituições como seguradoras e agências governamentais de saúde, a inovação é revolucionária, pois permite a criação de ações mais personalizadas e eficientes na alocação de recursos.
Entretanto, esse progresso tecnológico também traz consigo complexidades psicológicas e éticas. O uso de dados pessoais de saúde na previsão de mortalidade levanta questões cruciais sobre privacidade e ética.
Por fim, Smriti Kirubanandan destaca a preocupação com a consciência da mortalidade, especialmente quando prevista com precisão, e os desafios éticos associados.
Diante dessas considerações, é crucial que governos e prestadores de cuidados de saúde reconheçam e abordem os impactos psicológicos e emocionais desses modelos.
O desafio está em equilibrar os benefícios da análise preditiva com suas possíveis repercussões psicológicas, garantindo que os avanços na tecnologia de saúde contribuam positivamente para o bem-estar geral.
Em meio à encruzilhada da inovação tecnológica e da curiosidade humana, surge um dilema: abraçar o conhecimento da mortalidade ou não.
Tal questão adiciona uma camada extra de complexidade aos debates éticos sobre IA, exigindo um arcabouço ético robusto para navegar pelos desafios de discriminação, privacidade e impactos psicológicos profundos.