QWERTY: Por que o teclado do computador não segue a ordem alfabética?
O layout QWERTY, criado por Sholes, otimiza a digitação e tem raízes históricas desde 1874.
Ao observar o teclado do computador, qualquer um pode notar que a sequência das teclas começa com Q, W, E, R, T, Y. Essa escolha parece um tanto confusa por não seguir a ordem do alfabeto, causando curiosidade em muitos.
Entretanto, essa disposição tem raízes históricas e funcionais, revelando um passado intrigante que vem dos anos de 1800.
O design dos teclados que utilizamos hoje não é uma escolha aleatória, e sua origem remonta à invenção da máquina de escrever. Christopher Latham Sholes, um inventor norte-americano, foi responsável por desenvolver o layout QWERTY.
Mas por que ele escolheu essa ordem específica, que parece tão aleatória? Para compreender, é necessário explorar o contexto histórico.
Surgimento do layout QWERTY
Em parceria com Samuel W. Soule e Carlos S. Glidden, Sholes desenvolveu a primeira máquina de escrever comercialmente bem-sucedida, chamada Sholes and Glidden. Lançada em 1874 pela E. Remington and Sons, essa máquina revolucionou a maneira como escrevemos.
O primeiro modelo de Sholes apresentava teclas organizadas em ordem alfabética em duas fileiras. No entanto, Sholes percebeu a necessidade de otimizar essa disposição.
Analisando a frequência de bigramas e considerando o feedback de operadores de telégrafo, ele fez várias experiências.
Adaptações e a evolução para o QWERTY
Sholes realizou múltiplas alterações no arranjo de teclas. Anos depois, inverteu parte do alfabeto e optou por movimentar as vogais para a fileira superior. O resultado foi um teclado com quatro fileiras próximo ao QWERTY.
Após a aquisição pela E. Remington and Sons, o teclado passou por ajustes finais, consolidando-se como o layout QWERTY que conhecemos atualmente.
Explicação não comprovada
Um argumento popular sugere que o layout QWERTY foi criado para evitar que as hastes das máquinas de escrever travassem ao digitar bigramas comuns no inglês. Entretanto, essa teoria carece de comprovação histórica.
Hoje, o QWERTY é amplamente utilizado em países que usam o alfabeto latino, como Brasil e Estados Unidos. Sua adoção global é um testemunho de seu impacto duradouro.