Quantos anos tem o paciente com demência mais jovem do mundo?

O primeiro diagnóstico indicou que provavelmente o quadro do jovem fosse Alzheimer.

Em Pequim, na China, um jovem de 19 anos apresentou sintomas do que seria um provável diagnóstico de Alzheimer. No entanto, depois de mais apurações, agora o jovem parece ser o paciente com demência mais jovem já conhecido pela comunidade científica.

Alguns especialistas acreditam que o rapaz possa ter apresentado os primeiros sinais da deficiência dois anos antes do diagnóstico oficial. Como perda de memória, dificuldade de concentração, dificuldades de leitura e reações atrasadas, segundo relatos do caso.

Mas os exames e testes mostraram que o hipotálamo (área do cérebro responsável pela nossa habilidade de aprendizado) havia encolhido.

Além disso, o cérebro do jovem apresentou sinais de danos no lobo temporal (responsável pelas informações auditivas e codificação da memória) e altos níveis de proteína tau. Essas são duas características da doença de Alzheimer, por isso o diagnóstico errado.

Por que esse paciente com demência chama tanta atenção?

Para além de ele ser o paciente com demência mais jovem do mundo, outros fatores chamam a atenção da comunidade científica. Como o fato de ele não ter nenhum histórico familiar da doença ou mutação genética, que é comumente encontrada em pacientes muito jovens com Alzheimer.

Demência e Alzheimer são a mesma coisa?

O fato de o paciente com demência mais jovem do mundo ter sido diagnosticado com Alzheimer anteriormente é um erro justo. Ambas as condições são muito parecidas em seus sintomas e as formas como afetam as atividades cerebrais. Mas, elas não são a mesma coisa.

A demência faz com que o paciente sofra uma perda real e irrecuperável de células nervosas. Nesse quadro, o próprio cérebro começa a se atacar, fazendo com que a pessoa perca as habilidades de comunicação, linguagem, orientação espacial, capacidade de planejamento motor ou processamento de informações sensoriais.

No caso dos pacientes com Alzheimer, o transtorno afeta o hipocampo, responsável pela habilidade de guardar novas informações. Então, nos estágios iniciais, o paciente ainda tem memória de anos atrás, mas não se lembra de coisas recentes, como o jantar do dia anterior. E com o tempo os sintomas vão agravando.

Por conta das similaridades, os pacientes passam por uma série de análises para que o diagnóstico seja o mais preciso possível. Mas as semelhanças ainda levam a diagnósticos errados.

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