Produção de celulares em massa poderá trazer graves consequências
Só a Apple, em 2022, venceu cerca de 250 milhões de smartphones.
Uma pesquisa mostrou que, a cada três anos, a maioria das pessoas quer um novo aparelho de celular, a fim de substituir o atual. É um período ideal tanto para as companhias responsáveis por produzirem aparelhos mostrarem novos modelos, quanto para a bateria do smartphone começar a incomodar.
Se fizermos uma pequena análise, considerando apenas a comercialização de aparelhos da Apple, veremos que, só no ano de 2022, ocorreu a venda de 250 milhões de aparelhos.
Mas e se fôssemos um pouco mais longe e fizéssemos uma análise desde os anos 1990 até 2018? São aproximadamente dezenove bilhões de aparelhos comercializados ao longo dos anos.
Muitas das pessoas que foram incluídas nessa pesquisa provavelmente descartaram o antigo aparelho da maneira errada, sem nem se preocuparem com quanto tempo poderia levar para ocorrer a decomposição desses materiais.
E até hoje muitos nem fazem questão de mandá-los para o lugar correto. Não levando em consideração sua composição.
Mas há uma consequência se permanecermos nesse ritmo ou até mesmo o acelerarmos, e é exatamente sobre esse assunto que comentaremos hoje.
O que vai acontecer no futuro?
O processo de criação de um celular passa por inúmeras fases e precisa de uma enorme quantidade de itens encontrados na natureza. É o caso do silício, plástico, ferro, alumínio, cobre, chumbo, entre outros.
Logo, para produzir um smartphone, teremos que arrancar esses itens da natureza. Porém, há um risco de que, devido ao aumento do consumo desses produtos, os materiais em questão entrem em extinção.
Os cálculos para descobrir em quanto tempo isso poderia acontecer revelaram haver uma possibilidade dentro de cem anos.
De acordo com o que a história registra, o ferro demorou cerca de 1,8 bilhão de anos para finalmente chegar ao que conhecemos e usamos de forma abundante. O que significa que, caso haja a extinção desse material, é provável que leve milhares de anos até que surjam novamente.
Porém, trazer o conceito para a população atual, de que não é necessário haver uma troca de celular a cada dois anos se ele estiver em pleno funcionamento, é uma tarefa muito complicada.
Isso porque grande parte da humanidade parece estar com Síndrome de Fomo (Fear of Missing Out, em inglês), que gera aos indivíduos um medo extremo de ficar desatualizado em relação às tecnologias.
Além, é claro, da grande influência das companhias que produzem os aparelhos e desejam sempre vender em grandes quantidades, a fim de gerar lucro.
Uma solução ideal
Parece que a solução ideal para acabar com esse problema seria realizar uma conscientização em massa sobre a ideia de haver uma reciclagem dos aparelhos. Isso sem mencionar um local adequado para realizar o descarte do aparelho. Porém, a principal ação que deveria ser feita é a diminuição de aparelhos em produção diariamente.