Procon atesta: instituições financeiras têm responsabilidade por golpes via Pix
Assessora do Procon de São Paulo diz que bancos e demais instituições financeiras são parcialmente culpadas por golpes envolvendo Pix; entenda.
Na última semana, uma nota emitida pelo Procon de São Paulo estremeceu o setor financeiro. Agora, as instituições financeiras serão parcialmente responsabilidade por golpes via Pix.
Na última quarta-feira (7), Renata Reis, assessora-técnica do Procon, concedeu uma entrevista exclusiva ao UOL News e ressaltou as necessidades de os bancos assegurarem a segurança dos seus sistemas.
Além disso, a assessora também destacou a importância de os bancos se prepararem para identificar transações suspeitas que não condizem com o perfil de seus clientes.
Procon aponta responsabilidade de instituições financeiras em golpes via Pix
Diante do aumento de casos de golpes envolvendo o Pix, Renata evidenciou que os bancos precisam reforçar seus sistemas de segurança e prontos para combater golpes desse tipo. Ela afirma:
“Não dá para dizer que o banco não tem responsabilidade. Tem responsabilidade, sim, e ele tem que fazer, primeiro, a checagem de cada etapa e de como o golpista conseguiu ter as informações e induzir o consumidor ao erro.”
Ela ainda acrescenta que:
“todos os esclarecimentos têm que ser feitos para evidenciar que não há responsabilidade da instituição financeira. Não há como alegar que a culpa é exclusivamente do consumidor.”
O pronunciamento do Procon teve ainda mais relevância após um caso de golpe com uma servidora pública no aplicativo do Nubank.
Os golpistas invadiram a conta da Eliana Mirando, que levou um prejuízo de R$ 255 mil. Os golpistas, inclusive, realizaram um empréstimo de R$ 20 mil por meio do Nubank.
A vítima afirma que essa foi uma experiência angustiante: ela relata que recebeu uma ligação de uma pessoa se passando por uma atendente da Nubank, a qual a informou sobre uma tentativa de acesso não autorizada na sua conta bancária.
A servidora, preocupada com a segurança da sua vida financeira e acreditando que essa seria uma medida para protegê-la, seguiu todas as instruções da golpista. No fim, entretanto, isso resultou na perda de acesso à conta bancária.
Em suma, percebe-se que essa história serve de alerta acerca da importância de estar sempre atento(a) a possíveis golpes, que estão cada vez mais sofisticados.