INÉDITO! Primeiro animal do mundo pode ter sido uma criatura bizarra

Ausência de vestígios fósseis é um desafio para a descoberta.

Qual a origem de tudo? Qual foi a primeira planta ou o primeiro animal do mundo? Essas questões são tão antigas quanto a própria humanidade e ainda há muito a ser desenvolvido antes de conseguirmos ter uma resposta definitiva. No entanto, estudos recentes parecem estar perto de uma nova descoberta.

Sabemos que tudo o que é feito no mundo começa com partículas muitos simples e pequenas, os átomos, que, quando aglomerados, constituem estruturas mais complexas, como minerais, plantas e animais.

Ao longo de milhares de anos, as estruturas mudaram e os seres também, tornando-se cada vez mais complexos. De estruturas unicelulares (uma só célula) a pluricelulares (várias células), afinal, como tudo era no começo?

Principais candidatos a primeiro animal do mundo

Uma das principais hipóteses afirma que os primeiros animais pluricelulares do mundo foram as esponjas. Ainda que não tivessem sistema nervoso, os poríferos eram os principais candidatos por sua anatomia extremamente simples.

Esse parece um raciocínio bastante lógico: começar simples para então se tornar complexo. Entretanto, outros pesquisadores consideravam os ctenóforos, como o pente-do-mar ou as águas-vivas-de-pente, os primeiros.

Esses seres já possuem um sistema nervoso mais complexo. Lembrando que eles não têm nada a ver com as águas-vivas, ainda que se pareçam um pouco a olho nu.

Porém, para a maioria dos estudiosos, a presença de sistema nervoso não determina se um animal está mais adiante na linha da evolução que outro.

Esse fator não é alterado de forma linear quando observarmos a complexidade dos seres vivos.

A resposta está na genética

Um desafio dos pesquisadores para descobrir de fato qual foi o primeiro animal do mundo é a ausência de fósseis dele, por isso a teoria mais aceita considera que esse animal teria tecidos moles. Entretanto, estima-se que ele tenha existido há cerca de 600 a 700 milhões de anos.

Para contornar o impasse da falta de material fóssil para pesquisa, os cientistas decidiram analisar os arranjos de sequências conservadas das moléculas genéticas de ambos os animais: os poríferos e os ctenóforos.

Foram observados os materiais genéticos de uma esponja, do pente-do-mar, de um micróbio parasitário e de fungos, que são muito mais modernos.

A pesquisa identificou uma sequência no mesmo cromossomo em todos eles, exceto no ctenóforo. O estudo concluiu que a forma que o genoma do ctenóforo está organizado se parece muito mais com o esquema dos seres unicelulares.

Essa descoberta indica que eles provavelmente são os primeiros animais do mundo e fizeram rearranjos cromossômicos acontecerem antes mesmo de outros seres. No caso das esponjas, o rearranjo foi provavelmente repassado de maneira a chegar até os dias atuais.

Ainda que sejam apenas alguns genes, eles surgiram há bilhões de anos e ao longo desse tempo todas as mudanças e divergências pelas quais eles passaram dificultaram o trabalho dos cientistas. Porém, o desenvolvimento desse estudo pode contribuir para desvendar outros mistérios no futuro.

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