Previsões alarmantes: formação de novo supercontinente pode ser FATAL para mamíferos
Estudo da Universidade de Bristol revela possíveis consequências climáticas do surgimento de novo supercontinente.
Pesquisadores da Universidade de Bristol lançaram luz sobre possíveis implicações climáticas drásticas, decorrentes do esperado surgimento de um novo supercontinente, batizado “Pangeia Próxima”. De acordo com uma publicação recente na Nature Geoscience, a Terra pode enfrentar desafios ambientais avassaladores nos próximos 250 milhões de anos.
A nova Pangeia
Com base em investigações sobre a primeira Pangeia, formada aproximadamente há 310 milhões de anos, especialistas anteciparam mudanças atmosféricas e geológicas preocupantes. As projeções revelam um possível aumento da radiação solar: o Sol poderia irradiar 2,5% mais do que os padrões atuais, levando a escaladas de calor extremo.
Tais reconfigurações territoriais trariam implicações diretas para o clima mundial. Os cientistas alertam para a possível aridez em vastas regiões e um acentuado crescimento dos níveis atmosféricos de dióxido de carbono.
Essa elevação poderia gerar cenários semelhantes aos vivenciados durante a formação da primeira Pangeia. Nessa época, ocorreu uma alta significativa no CO₂ no planeta, o que resultou em uma elevação notável da temperatura média global.
Foto: Farnsworth et al./Geociência da Natureza/2023
Nesse contexto, os mamíferos encontram-se em uma situação periclitante. Caso os níveis de CO₂ excedam 560 ppm, poderíamos presenciar um evento de extinção de magnitude alarmante.
Ademais, com a possível ascensão da temperatura média global para 46,5°C na era da Pangeia Próxima, a sobrevivência dos mamíferos poderia estar em jogo. As zonas tropicais tornar-se-iam inóspitas, restringindo habitats viáveis a cerca de 8% da superfície terrestre global.
Contudo, o cenário torna-se ainda mais desafiador ao considerarmos a ampliação de regiões desérticas, o que torna a mobilidade entre habitats uma tarefa quase insuperável para muitas espécies. Estudos apontam que, ao longo da história geológica, os mamíferos demonstraram uma capacidade limitada de adaptação a condições térmicas extremas.
O futuro exige, portanto, atenção e esforços em pesquisas que busquem compreender mais profundamente as potenciais transformações do planeta e seus desdobramentos para a vida como a conhecemos.