Prepare o bolso: geladeiras podem ficar mais caras no Brasil; veja por quê

Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores gera debate sobre custos e eficiência dos aparelhos enquanto o Ministério de Minas e Energia contesta projeções da indústria.

Uma mudança significativa está se aproximando para o mercado de eletrodomésticos no Brasil, especificamente no que diz respeito às geladeiras.

Uma nova regra de eficiência energética, prevista para ser implementada a partir de 2024, poderá resultar em um aumento nos preços dos modelos vendidos, segundo informações divulgadas pelo portal UOL.

O Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores busca retirar do mercado os modelos de menor eficiência, o que pode, supostamente, elevar os preços e até mesmo eliminar do mercado os produtos com valor abaixo de R$ 5 mil.

A expectativa é que, a partir de 2028, os refrigeradores disponíveis sejam até 17% mais eficientes do que os atualmente comercializados.

Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores

Dividido em etapas, o programa estabelece metas progressivas de consumo energético. Até 2025, a meta é atingir 85,5% do consumo padrão de energia, aumentando para 90% até 2027. Apesar do aumento no consumo, as exigências de eficiência também crescerão.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos, Eletros, estima que essas mudanças possam resultar em um aumento significativo nos preços, potencialmente elitizando o mercado de geladeiras para valores acima dos R$ 5 mil.

Jorge Nascimento, presidente da Eletros, expressou preocupação com a possível exclusão das classes C, D e E, que atualmente representam apenas 11% do mercado, em comparação aos 36% anteriores.

Programa pode impactar o mercado e encarecer modelos abaixo de R$ 5 mil – Shutterstock/Reprodução

O Ministério de Minas e Energia (MME) emitiu uma resposta contestando as projeções da Eletros.

Em nota oficial, o MME considerou as afirmações da associação “inverídicas e irresponsáveis”, ressaltando que a economia de energia proporcionada pelas novas diretrizes poderia compensar o eventual aumento inicial de preço.

O MME indicou que a maioria dos modelos de uma porta já atende às novas normas, levantando a questão sobre a real necessidade de retirar do mercado uma quantidade significativa de geladeiras ou de adaptá-las para cumprir as novas recomendações.

Ademais, confrontou os dados da Eletros, apontando que um relatório anterior da própria associação estimava um aumento de preços significativamente menor do que o divulgado à imprensa.

A controvérsia entre os custos potenciais para os consumidores e os benefícios ambientais e econômicos gerados pela eficiência energética promete continuar gerando discussões até que as novas diretrizes sejam implementadas.

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