Poucos profissionais no setor de cibersegurança pode gerar problemas

Todos sabem que a Cibersegurança é de uma área de extrema importância, mas vocês sabiam que ela passa por uma escassez de profissionais?

Qualquer área de trabalho pode passar por dificuldades, a da vez é o setor de cibersegurança. Um mercado que deveria ter uma crescente de profissionais, junto com o crescimento da tecnologia, está em escassez.

O mais recente (ISC)² Cybersecurity Workforce Study, documento essencial para quem quer entender esse cenário, apontou uma defasagem de 2,7 milhões de profissionais no mundo, em 2020, sendo mais de 400 mil no Brasil.

Entre as várias consequências apontadas para as organizações, estão sistemas mal configurados, entregas apressadas, ciclos lentos de correções, falta de tempo para avaliação adequada de riscos, visibilidade insuficiente de processos e procedimentos, entre outros fatores que abrem brechas para os ataques cibernéticos.

O relatório revela também que essa carência na área não é desmotivação dos profissionais ou algo semelhante.

O relatório da (ISC)2 aponta que esses profissionais expressam altos níveis de satisfação com o trabalho consistentemente nos últimos quatro anos, e mais ainda nos últimos dois anos.

Em 2021, 77% dos entrevistados reportaram que estão satisfeitos ou extremamente satisfeitos com seus trabalhos, frente a 66% em 2019. Além disso, a área não só não perdeu profissionais, como ganhou mais de 700 mil deles, no mundo, apesar das incertezas econômicas derivadas da pandemia.

Italo, VP da Claroty Latam e Simon Chassar, CRO da Claroty, que comenta sobre a iniciativa CIISec, que visa atrair habilidades de cibersegurança para o setor nuclear do Reino Unido, explicam medidas tomadas para atrair mão de obra.

“A nova iniciativa criada para impulsionar talentos e melhorar as práticas de segurança cibernética na indústria nuclear é um passo muito bem-vindo, em um momento em que a profissão de segurança cibernética enfrenta uma grande escassez, principalmente na área de OT (Tecnologia Operacional)”, relata Simon Chassar, CRO (Chief Revenue Officer) da Claroty.

 

Cibersegurança

Diante da diferença de sistemas de TI e Tecnologia Operacional (OT), da conexão de dispositivos de Internet das Coisas (IoT) e dispositivos de IoT Industrial (IIoT) para redes de infraestrutura crítica, os especialistas em segurança de OT estão sendo mais procurados, rendendo uma alta demanda.

Mas o que fazer, afinal?

A Claroty na América Latina adotou uma ação muito importante para gerar mão-de-obra qualificada no mercado. Neste ano, realizamos um treinamento aberto (em português) com mais de 300 inscritos e parte dos profissionais que conquistaram certificação neste curso, inclusive, já ingressaram nas equipes de clientes, fornecedores e integradores. Agora, estamos repetindo esta ação para os mercados de língua espanhola, para apoiar a sociedade latino-americana e gerar mão de obra especializada voltada à proteção de infraestruturas críticas”, explica Ítalo Calvano, VP Latam da Claroty.

A maioria das empresas buscam contratar mais profissionais de cibersegurança industrial, com 90% concordando que acham difícil acharem profissionais com experiência e aptidão para administrar apropriadamente a segurança cibernética de uma rede OT.

“Embora a questão da escassez de talentos seja um trabalho em andamento, a indústria nuclear pode implementar certas medidas para superar os desafios que enfrentam atualmente, quando se trata de proteger dispositivos físicos cibernéticos. Isso inclui procedimentos regulares de correção para OT, IoT e IIoT, bem como a implementação de segmentação de rede para limitar o movimento de malware”, finaliza Simon Chassar.

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