Por que Plutão deixou de ser um planeta? ESTE é o motivo que nem todos sabem

Rebaixamento de Plutão de planeta para planeta anão ainda gera discussões e controvérsias na comunidade científica.

Em 2006, uma decisão histórica alterou o status de Plutão, que por décadas foi considerado o nono planeta do nosso sistema solar. Desde então, ele passou a ser classificado como planeta anão. Mesmo após quase duas décadas, essa mudança continua a suscitar debates fervorosos entre cientistas e admiradores das estrelas.

Descoberto pelo astrônomo Clyde Tombaugh em 1930, Plutão era conhecido por sua órbita distante em relação ao Sol. Ao longo dos anos, avanços tecnológicos revelaram outros corpos celestes no Cinturão de Kuiper com características semelhantes, dando início a questionamentos sobre o que realmente define um planeta.

O início da reclassificação de Plutão

Para compreender essa transformação, é crucial conhecer o Cinturão de Kuiper, uma vasta região gelada além de Netuno, onde pequenos objetos transnetunianos orbitam. Entre 2002 e 2005, descobertas significativas de astros como Quaoar, Sedna e Éris contribuíram para a revisão dos critérios planetários.

Esses novos corpos celestes, com massas semelhantes ou até superiores à de Plutão, motivaram debates sobre a definição de um planeta. Éris, em particular, foi considerado provisoriamente o décimo planeta, complicando ainda mais a categorização do sistema solar.

Plutão (Foto: iStock)

Afinal, o que é um planeta?

Em 2006, a União Astronômica Internacional (IAU) reuniu-se para redefinir os critérios planetários. Quatro características foram consideradas essenciais: orbitar o Sol, não ser um satélite natural, ter massa suficiente para ser esférico e limpar sua órbita de detritos.

Plutão não atendeu ao último critério, pois divide sua órbita com outros corpos celestes, o que resultou em sua reclassificação para planeta anão.

Controvérsia dos planetas anões

A IAU reconhece atualmente cinco planetas anões: Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Éris. Entretanto, muitos cientistas, como Alan Stern, criticam a decisão, argumentando que nem a Terra atende plenamente aos critérios impostos.

A discussão sobre o status de Plutão exemplifica a complexidade das definições astronômicas e reflete a evolução contínua do nosso entendimento sobre o cosmos.

Enquanto novos planetas anões permanecem à espera de reconhecimento, o debate sobre Plutão persiste, alimentando o fascínio pelo universo.

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