Por que fevereiro de 2024 terá 29 dias? Entenda o que é ano bissexto
2024 será ano bissexto, ou seja, fevereiro terá 29 dias: entenda este fenômeno que ocorre a cada quatro anos.
Em 2024, o calendário reserva uma peculiaridade que acontece de quatro em quatro anos: será um ano bissexto. Isso significa que, ao contrário dos anos comuns, que têm 365 dias, o ano bissexto terá um dia a mais, totalizando 366 dias.
Mas por que isso acontece? Bom, a Terra dá uma volta ao redor do Sol a cada 365,25 dias, aproximadamente. Para ajustar nosso calendário à órbita terrestre, a cada quatro anos adicionamos um dia extra ao mês de fevereiro.
Esse dia adicional é conhecido como dia bissexto e ele ajuda a manter nossas datas alinhadas com as estações do ano.
Se não fizéssemos esse ajuste, ao longo dos anos, nossas estações começariam a descompassar. Imagine só celebrar o Natal em pleno verão ou o Carnaval sob frio e chuva!
Então, o ano bissexto é uma correção do calendário, garantindo que nossas festividades e estações do ano continuem acontecendo nos momentos esperados.
Como saber se determinado ano é bissexto ou não?
2024 será ano bissexto, ou seja, fevereiro terá 29 dias – Imagem: iStock/Getty Images/Reprodução
Para saber se um ano é bissexto ou não, você pode usar um truque simples. Se o ano for divisível por 4, como é o caso de 2024, ele é bissexto.
No entanto, existe uma exceção: anos divisíveis por 100, mas não por 400, não são bissextos. Por exemplo, o ano 1900 era divisível por 100, mas não por 400, portanto, não foi bissexto. Já o ano 2000, por ser divisível por 400, foi bissexto.
Como o ano bissexto surgiu?
O responsável por essa alteração foi o Papa Gregório XIII, que introduziu o ano bissexto como parte da reforma conhecida como Calendário Gregoriano.
Naquela época, o calendário juliano, estabelecido por Júlio César em 45 a.C., estava em uso, mas apresentava uma pequena discrepância em relação ao ano solar.
Seu calendário tinha uma duração de 365,25 dias, ou seja, um ano inteiro, arredondado para o número mais simples.
Isso representava um ligeiro excesso em relação ao ano solar real. Embora essa diferença parecesse pequena, ao longo dos séculos, resultou em um acúmulo de dias extras no calendário.
Assim, o calendário juliano começou a adiantar-se em relação às estações do ano.
Para corrigir essa imprecisão e realinhar as celebrações religiosas com as estações do ano, o papa Gregório XIII tomou a iniciativa de reformar o calendário.
A principal mudança proposta pelo Papa foi a introdução de um método mais preciso para calcular o ano bissexto.
Seguindo a recomendação do astrônomo Luigi Lilio, a regra estabelecida foi que anos divisíveis por 4 seriam bissextos, com uma exceção: anos divisíveis por 100, mas não por 400, não seriam bissextos.
Por que fevereiro?
O calendário romano original possuía apenas dez meses, totalizando 304 dias, e iniciava-se em março. Fevereiro era o último mês do ano e contava com 28 dias.
Contudo, os romanos perceberam que o ciclo lunar médio é de aproximadamente 29,5 dias, o que não se alinhava perfeitamente com um calendário de 12 meses de duração fixa.
Quando Júlio César reformou o calendário para criar o Calendário Juliano, ele acrescentou mais dois meses, janeiro e fevereiro, ao ano e ajustou a distribuição dos dias nos meses.
Fevereiro originalmente tinha 28 dias, mas para manter a soma total próxima ao ano solar, Júlio César decidiu que, nos anos bissextos, fevereiro deveria ter um dia extra, totalizando 29 dias.