Por que os carros elétricos vão PERDER 30% de sua autonomia no Brasil?

Métricas utilizadas no Brasil para medir a autonomia de carros elétricos vão mudar de modelo estrangeiro para o modelo nacional do Inmetro.

Os carros elétricos estão tomando conta do mundo. Isso acontece em grande parte por causa das políticas de redução de poluição, contudo também tem sido visto que veículos movidos à eletricidade apresentam um melhor aproveitamento de energia em relação aos modelos a base de combustão.

É uma estimativa mundial que a substituição total de carros que utilizam combustíveis sejam substituídos pelos modelos elétricos, afinal de contas, como já dito, as pessoas estão em uma busca constante de fazer um melhor aproveitamento das energias renováveis, que podem ser utilizadas para gerar energia elétrica.

Sendo assim, esta é a evolução mais óbvia para todos os tipos de ferramentas que utilizam a energia por base de combustão, tal como os carros, fogões e aquecedores.

Como muitos sabem, a nova tecnologia de motores elétricos já chegou ao Brasil. Atualmente, nós temos diversos modelos que atuam desta forma. Inclusive, o país já conta com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico.

Carros elétricos no Brasil

O atual presidente da associação comentou recentemente que, apesar da grande qualidade proporcionada pelos veículos elétricos, os seus números de autonomia vão cair nos próximos dias. Como assim? Eles perderam autonomia? Na realidade, ela não será nem um pouco modificada, mas os seus números serão corrigidos.

Essa diferença que aparecerá nos modelos elétricos nos próximos dias surge em decorrência da forma como é medida a autonomia dos carros elétricos no Brasil. Diferente dos veículos a combustão que têm seus números medidos segundo os parâmetros do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), os modelos elétricos no país são medidos por meio de parâmetros e métricas que vêm de fora.

Esses parâmetros são os ciclos EPA, provenientes dos Estados Unidos e o WLTP, vindo do continente europeu. Utilizar essas métricas não indica adequadamente a autonomia de carros no Brasil, afinal de contas, os fatores que influenciam os veículos aqui não são os mesmos que influenciam os carros nos Estados Unidos e outros países.

De acordo com o “Adalberto Maluf” presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico, a queda esperada é de em média 30% no rendimento da autonomia de carros elétricos. Por tratar-se de uma média, alguns modelos – como o Volvo XC40 Recharge Plus – podem atingir valores maiores de queda, de maneira que o seu rendimento cairá 45% (de 420 Km de autonomia para 231 Km). Outros como o Nissan Leaf terão uma queda de 29% (272 Km de autonomia para 192 Km).

Lembrando, é claro, que essa diferença não será uma perda de autonomia, mas sim de dados com maior exatidão para os padrões brasileiros. Sendo assim, será mais eficiente fazer a comparação de autonomia entre modelos a combustão e modelos elétricos.

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