Polvos são alienígenas? Pesquisadores levantam curiosa possibilidade

Um estudo levanta uma hipótese intrigante: e se os polvos não forem originários da Terra, mas de algum lugar remoto do espaço sideral?

Seriam os polvos extraterrestres?
Imagem: Vecstock/Free Pik

Desde os primórdios, a origem do planeta Terra tem sido um assunto que sempre causa polêmica e gera muitos comentários. Os religiosos acreditam que, no início de tudo, existiu um Deus Criador responsável por gerar todas as coisas e seres existentes na Terra.

Em contrapartida, a Ciência postula várias teorias que dizem que a vida, na verdade, pode ter surgido de outra parte do Universo e foi formada por explosões, meteoritos, algas e bactérias. Aos poucos, esses seres foram se reproduzindo até se tornarem o que conhecemos hoje.

Independentemente de qualquer opinião e daquilo que acreditamos, precisamos concordar que esse é um assunto que gera, no mínimo, bastante curiosidade. Entender como tudo começou e de onde viemos nos dá uma visão geral das possíveis causas de estarmos aqui, além de ser um tema muito intrigante.

Um estudo curioso

Recentemente, foi publicado um artigo contendo informações que têm sido bastante comentadas nas redes sociais. O artigo fala sobre a natureza e suas abordagens, tendo como título “Causa da Explosão Cambriana – Terrestre ou Cósmica?”.

Apesar de conter referências muito ricas e ser revisado por pares, o texto apresenta abordagens um pouco diferentes e distantes do que se pensa e se entende atualmente.

Entenda o artigo

Os responsáveis pela escrita e criação do artigo são os conhecidos e aclamados cientistas Stephen Fleischfresser, Edward Steele e Chandra Wickramasinghe.

Steele cria uma teoria que ele chama de “metalamarckismo”. Para ele, a evolução, como a aquisição de mudanças genéticas, é determinada pela influência do ambiente em vez de apenas mutações aleatórias.

Já Wickramasinghe postula e concorda com a hipótese de Fred Hoyle sobre a produção de moléculas orgânicas de carbono a partir da poeira estelar.

O trabalho se relaciona à biologia dos cometas e ainda sugere que a evolução foi afetada pela bioquímica da formação dos primeiros aminoácidos, assim descrita, e não ter ocorrido na Terra.

Wickramasinghe menciona que:

“[…] os cometas são os portadores e distribuidores da vida no cosmos, e a vida na Terra surgiu e se desenvolveu como resultado das contribuições dos cometas.”

Entretanto, sua abordagem vai ainda mais além, pois o cientista sugere que um vírus qualquer e algumas formas celulares, como uma célula eucariótica, poderiam ter chegado à Terra e, com condições mais adequadas, conseguiram se proliferar.

Polvos viajantes?

Vista do planeta Terra em uma nave espacial
Imagem: Tawatchai07/FreePik

Se você acha que acabou por aí, está bem enganado(a)! Isso porque a teoria dos cientistas vai ainda mais além: ela sugere que os cefalópodes, como polvos, lulas e náutilos, não surgiram no planeta Terra, mas em outras partes do Universo.

Os cientistas acreditam que não seria possível os cefalópodes evoluírem tão rápido, ramificando-se em tantas espécies de diferentes formas e tamanhos em um espaço de tempo tão curto.

Segundo eles, os genomas dessa espécie teriam chegado ao planeta Terra no que eles descrevem como “bolas de fogo geladas várias centenas de milhões de anos atrás”.

A teoria propõe então que a origem da vida pode estar fora do nosso planeta e que formas verdadeiramente complexas podem ter vindo parar aqui por pura “sorte”.

Os argumentos do artigo são válidos, como vários outros que já existem por aí, e é claro que, assim como há chances de a teoria estar correta, ela também pode estar equivocada em alguns pontos.

O artigo foi publicado pela revista Progress in Biophysics and Molecular Biology e já está disponível na íntegra, se você quiser ler. Basta digitar o nome da revista no Google e ir direto ao site próprio da revista em questão.

Mas e aí, conte para nós nos comentários qual é a sua opinião sobre o assunto. Afinal de contas, será que não estamos sozinhos nesse vasto Universo?

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