POLÊMICA: mapa divulgado por IBGE causa controvérsias sobre localização do Brasil

Quais foram as repercussões do novo mapa-múndi do IBGE que mudou o padrão conhecido e divulgado.

O Atlas do IBGE com o Brasil no centro vem causando polêmica nas redes sociais, levantando questões sobre a representação do país em mapas no geral.

No entanto, essa não é uma novidade na cartografia, pois, ao longo da história, diversos países já adotaram diferentes referências como ponto zero em seus mapas-múndi.

Padronização e influências

A padronização dos mapas-múndi com o Meridiano de Greenwich como ponto de referência inicial surgiu no século 19, durante a Conferência Internacional do Meridiano, em 1884.

Tal escolha foi feita visando unificar as coordenadas geográficas e facilitar o entendimento das localizações em todo o mundo.

Antes disso, cada país utilizava o próprio meridiano de origem, o que gerava divergências e dificuldades para estabelecer relações precisas entre diferentes mapas.

Com a adoção de Greenwich como ponto zero, foi possível criar uma referência comum para todos os países, facilitando a comunicação e o compartilhamento de informações geográficas.

Mapa-múndi divulgado pelo IBGE – Imagem: IBGE/Reprodução

Porém, a escolha de Greenwich como meridiano inicial também reflete o poder e a influência da Inglaterra na época.

A padronização dos mapas foi uma forma de consolidar o domínio britânico sobre a cartografia mundial, impondo sua referência como padrão para todos os países.

Atualmente, a representação do Brasil no centro no mapa do IBGE pode ser vista como uma forma de reafirmar a importância do país no cenário global.

Com a presidência brasileira do G-20, a posição estratégica do Brasil é destacada e valorizada no novo atlas geográfico.

Apesar das polêmicas e críticas nas redes sociais, é importante lembrar que a cartografia é uma ciência complexa, que busca representar de forma fiel à diversidade e complexidade do mundo em um modelo bidimensional.

As projeções e escolhas feitas na cartografia visam minimizar as distorções e facilitar a compreensão das informações geográficas.

Portanto, a representação do Brasil no centro do mapa do IBGE não deve ser vista como uma afronta às convenções cartográficas, mas sim como uma chance de valorizar a diversidade e a importância do país no contexto global.

A cartografia está em constante evolução, e novas representações e interpretações são essenciais para enriquecer nosso entendimento do mundo ao nosso redor.

Com informações do portal Estadão.

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