Planeta 9 existe? Para cientistas, isso é uma certeza absoluta

Já ouviu falar dele? A busca pelo Planeta 9 vem gerando muito debate nos últimos anos. Embora já tenha sido previsto em 1905, a procura se intensificou recentemente, com novos indícios apontando para a possível existência de um planeta massivo nos confins do Sistema Solar.

Essa ideia ganhou força com simulações feitas em 2016 que sugerem a presença de um grande objeto influenciando as órbitas de corpos transnetunianos, aqueles que estão além de Netuno.

Planeta 9 e os objetos transnetunianos

Apesar de ainda não termos uma confirmação visual do Planeta 9, cientistas como Konstantin Batygin e Michael Brown afirmam que sua existência é praticamente certa. Afinal, a influência gravitacional detectada nas órbitas de pequenos corpos celestes só seria explicada pela presença desse planeta misterioso. No entanto, muitos pesquisadores ainda questionam essa hipótese, já que os indícios se baseiam em um número pequeno de observações.

Um dos principais argumentos para a existência do Planeta 9 é o comportamento dos objetos transnetunianos. Suas órbitas estão anormalmente alinhadas, algo que a mecânica celeste não explica facilmente. A influência de Netuno não seria suficiente para manter essas órbitas organizadas; portanto, a única explicação seria um planeta massivo e desconhecido. Além disso, simulações apontam que esse corpo teria uma massa de cinco a sete vezes maior que a da Terra, orbitando o Sol a uma distância gigantesca, com uma trajetória elíptica.

Essa teoria, porém, enfrenta um grande desafio: nem todos os astrônomos estão convencidos. Ou seja, alguns argumentam que as simulações podem estar enviesadas, já que foram baseadas em um número limitado de objetos. Além disso, os corpos estudados foram descobertos por diferentes astrônomos utilizando metodologias diversas, o que pode ter gerado discrepâncias nos resultados.

As simulações que apontam para o Planeta 9

Crédito: nagualdesign

A investigação sobre o Planeta 9 avançou bastante com as simulações realizadas por Brown e Batygin. Eles descobriram que, sem a presença desse planeta, seria difícil explicar a renovação contínua dos objetos que cruzam a órbita de Netuno.

Essa descoberta reforçou a hipótese de que o Planeta 9 pode realmente existir, mas a falta de observações diretas ainda deixa os cientistas cautelosos. No entanto, os novos dados fornecem pistas que ajudam a refinar as previsões de onde ele poderia estar.

Para encontrar esse misterioso planeta, os astrônomos precisam fazer cálculos precisos de sua órbita e tentar localizá-lo com telescópios. A construção do Telescópio Vera Rubin, no Chile, traz esperança. Ele será capaz de observar grandes áreas do céu com profundidade, aumentando as chances de detectar o Planeta 9 caso ele realmente esteja lá.