Pior fenômeno já registrado? Agência emite alerta sobre possível 'Super El Niño'

Entenda o que é o Super El Niño e como ele pode afetar o clima no Brasil.

As previsões do Bureau de Meteorologia da Austrália indicam que o fenômeno El Niño em 2023 pode se tornar o pior já registrado. A agência internacional emitiu um alerta no último dia 6, denominando o fenômeno como “Super El Niño”.

O Bureau explica que o El Niño causa alterações no oceano Pacífico tropical que afetam o clima em escala global.

Durante esse fenômeno, a previsão é de um clima mais seco e temperaturas consideravelmente mais altas do que o normal.

De acordo com a previsão, os fortes ventos alísios (rajadas constantes e úmidas) de leste a sudeste ao longo do equador levam as correntes oceânicas do Pacífico oriental a trazerem águas mais profundas para a superfície, mantendo-a essencialmente fria.

Em outubro, especialistas acreditam que haverá um aumento de cerca de 3 °C na temperatura do oceano Pacífico equatorial, e em novembro, um aumento de 3,2°C.

El Niño no Brasil

Por causa de todas essas mudanças, as águas no Pacífico equatorial ocidental aquecem de forma mais eficaz sob a influência do sol tropical, onde a América do Sul (incluindo o Brasil) se localiza.

Em condições “normais”, o Pacífico tropical ocidental é de 8 °C a 10 °C mais quente que o Pacífico tropical oriental. Enquanto as áreas ao norte e nordeste têm superfícies oceânicas normalmente entre 28 °C e 30 °C, na América do Sul, o Oceano Pacífico fica em torno de 20 °C.

Essas áreas mais quentes do oceano, incluindo a América do Sul, estão associadas a maiores índices de chuvas, de acordo com as previsões.

No Brasil, o Super El Niño pode resultar em secas, chuvas intensas e outros fenômenos climáticos extremos em todo o país. Na região Sul e Centro-Oeste, espera-se chuvas acima da média e aumento das temperaturas.

Na região Sudeste, a previsão é de aumento apenas nas temperaturas, não mudando muito as características da estação.

Por outro lado, no Norte e Nordeste, espera-se uma brusca diminuição das chuvas, levando a secas severas e aumentando o risco de incêndios florestais.

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