'Perturbador': filha de Robin Williams condena recriação da voz do ator por IA
Conhecido por sua extensa carreira e atuações memoráveis, Williams teve três filhos e uma delas aproveitou a greve dos atores para falar sobre IA.
Zelda Williams, a filha de 34 anos do ator Robin Williams, utilizou sua conta no Instagram para expressar descontentamento em relação à recriação da voz de seu pai por meio de inteligência artificial.
Além de seguir a carreira de atriz e dubladora, Zelda também demonstrou solidariedade às demandas do Sindicato dos Atores de Hollywood na luta contra a utilização de inteligência artificial por grandes estúdios de cinema.
Seu pai, um renomado ator conhecido por suas atuações em clássicos como “Uma Babá Quase Perfeita” e “Sociedade dos Poetas Mortos”, faleceu em agosto de 2014.
A morte dele foi sentida por todos ao redor do mundo e muita gente não aceita sua partida até os dias atuais, considerando sua tamanha influência no cinema.
Imagem: El País Brasil/Reprodução
Entenda as críticas da filha de Robin Williams
Zelda compartilhou em um story, que depois foi apagado, comentando suas opiniões diante do acontecimento. Segundo a dubladora, ela não é uma observadora imparcial na luta do Sindicato dos Atores contra a inteligência artificial.
Ela afirma que tem visto com bastante frequência a recriação das vozes de atores que não podem dar consentimento a isso, o que é o caso do pai dela.
Ela ainda falou que já ouviu IAs programadas para fazer a voz de Robin Williams dizer o que quer que as pessoas queiram e vê isso como perturbador, com consequências que vão muito além dos sentimentos pessoais dela. Atores vivos têm o direito de criar personagens com seus próprios critérios, além de depositar seus esforços em seus trabalhos.
A batalha dos atores contra o uso de inteligência artificial por parte dos grandes estúdios foi uma das muitas questões em debate durante a recente greve do Sindicato dos Atores de Hollywood.
Os estúdios de cinema estavam adotando a prática de captar imagens e movimentos de atores para reproduzi-los em suas produções, incluindo a recriação de imagens e vozes de artistas falecidos.
Não à toa, antes mesmo da greve dos atores se iniciar, a série “Black Mirror” lançou um episódio exatamente sobre o caso.
Em “Joan is Awful”, o espectador vê uma mulher ter a vida mudada após assinar um streaming e isso permitir que a empresa faça uma série da sua vida. No caso, quem assume a posição de Jane no sucesso é a atriz Salma Hayek.