Permafrost possui uma enorme quantidade de vírus desconhecidos; saiba mais sobre o assunto

O aquecimento global afeta varias partes do mundo de formas diferentes. Com o degelo da permafrost, nova pandemia é uma possibilidade!

O aquecimento global é uma das maiores preocupações da atualidade. Esse aumento na temperatura média do planeta afeta consequentemente escalas da vida que antes nem sequer passavam perto de ser uma preocupação.

Temos diversos problemas relacionados a isso, e ao contrário do que muitos pensam pelo nome “aquecimento”, o aumento da temperatura ocasiona um desequilíbrio climático. Esse desequilíbrio, por sua vez, pode tanto aumentar muito a temperatura em locais frios, quanto diminuí-la em locais quentes.

Considerando que o sistema terrestre é muito sensível, essa mudança pode causar a extinção de espécies de plantas e animais, e até quase impossibilitar a vida humana. Não é mistério para ninguém que viveu os últimos três anos que uma pandemia pode colocar em risco não apenas nossa saúde, mas toda a economia global. E é exatamente isso que preocupa os cientistas!

Consequências do degelo da permafrost 

Para aqueles que desconhecem, permafrost é o nome dado para camadas de terra que ficam permanentemente congeladas. Esse tipo de solo é muito comum no Hemisfério Norte, sendo principalmente encontrado no Canadá, Rússia e Alasca.

A questão aqui é que o permafrost possibilita um tipo diferente de congelamento, pois, tratando-se de um solo, ele tem pouco ou nenhum contato com a luz. Além disso, possui pouquíssima concentração de oxigênio, o principal responsável pela decomposição.

Portanto, tudo que está congelado no permafrost tem um estado de conservação muito eficiente, inclusive possibilitando para a ciência a pesquisa de animais pré-históricos muito bem preservados. Contudo, o cientista Jean-Michel Claverie aponta para os perigos que podem surgir pelos recentes descongelamentos decorrentes do aquecimento global.

Claverie, professor de medicina e genômica, é conhecido como um “caçador de vírus”, pois o mesmo estuda os vírus antigos que podem ser encontrados no permafrost. Há alguns anos, o professor conseguiu identificar e estudar um vírus gigante devorador de amebas.

De acordo com ele, esse vírus permanecia “vivo” preservado no permafrost. Então, o processo de degelo dessa camada é, basicamente, uma ativação para o vírus preservado.

Em seu estudo, ele optou por pesquisar apenas vírus que afetam amebas, a fim de evitar uma possível contaminação humana ou animal. Com isso, desde 2014, o cientista estuda diversas variações virais de várias amostras de permafrost.

Em entrevista, Jean-Michel Claverie comentou que, ao estudar essas amostras, é possível encontrar vestígios de uma enorme quantidade de outros vírus. Portanto, ele conclui:

“Então sabemos que eles estão lá. Não sabemos ao certo se ainda estão vivos. Mas nosso raciocínio é que, se os vírus da ameba ainda estão vivos, não há razão para que os outros vírus não continuem vivos e sejam capazes de infectar seus próprios hospedeiros”.

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