Perigos ocultos: entenda o risco de usar plástico no micro-ondas

Especialistas de diversas instituições estão emitindo um aviso sobre os potenciais riscos vinculados à utilização de plástico no micro-ondas.

Conforme pesquisas recentes, quando o plástico é submetido a esse tipo de aquecimento, há a emissão de nanoplásticos, partículas excessivamente diminutas com caráter tóxico, podendo resultar em implicações inquietantes para a saúde humana.

O perigo dos nanoplásticos

Fonte: SivStockMedia/Canva Pro/Reprodução

Os nanoplásticos são partículas sólidas com dimensões microscópicas, menores que cinco milímetros, e têm sido objeto de crescente preocupação na comunidade científica.

Eles se originam tanto dos plásticos primários, usados comercialmente em diversos produtos, como dos secundários, resultantes da quebra e decomposição de itens plásticos maiores.

Estudos têm demonstrado que essas partículas minúsculas não são filtradas pelos rins do corpo humano, o que possibilita sua circulação pelo organismo e, potencialmente, sua penetração nas células.

Esse processo pode resultar em danos à saúde, uma vez que os nanoplásticos podem interferir nos sistemas endócrino e cardiovascular.

Experimentos realizados com roedores revelaram resultados alarmantes. Fêmeas expostas a essas partículas demonstraram elevação da pressão arterial, vasos sanguíneos dilatados e diminuição do hormônio 17 beta-estradiol, sinalizando potenciais complicações no sistema endócrino.

A presença de microplásticos, incluindo os nanoplásticos, é um problema crescente no meio ambiente. Essas partículas têm sido encontradas em várias fontes, até mesmo na água potável, levantando sérias preocupações sobre seus impactos na saúde e no ecossistema em geral.

Frente a essas descobertas inquietantes, os investigadores têm proposto a adoção de medidas visando diminuir a presença das microscópicas partículas.

Uma das recomendações é a produção de plásticos com outros polímeros que não liberem essas partículas tóxicas. No entanto, essa mudança requer uma transformação na estrutura de produção global, o que pode levar tempo e esforço significativos.

Enquanto essa transição não acontece, a orientação atual é evitar colocar qualquer material de plástico no micro-ondas.

A conscientização sobre os riscos dos nanoplásticos é essencial não apenas para os indivíduos, mas também para o bem-estar do meio ambiente. A adoção de hábitos mais sustentáveis e a busca por alternativas menos prejudiciais ao meio ambiente são cruciais para enfrentar esse desafio global.

É fundamental que a sociedade, os governos e a indústria atuem em conjunto para enfrentar essa questão, desenvolvendo tecnologias mais seguras e promovendo uma abordagem mais consciente e responsável em relação ao uso do plástico.