Pensou, falou: implante cerebral permite comunicação pelo pensamento

Pesquisadores da Duke University estão revolucionando a comunicação com um implante cerebral que traduz pensamentos em palavras.

Implantes cerebrais estão alcançando marcos significativos na restauração da fala de indivíduos que perderam essa capacidade.

Um importante avanço científico vem da Duke University, onde pesquisadores desenvolveram uma prótese cerebral capaz de traduzir pensamentos em palavras.

Esse é um marco promissor para indivíduos com distúrbios neurológicos.

Como funcionam os implantes cerebrais?

Este dispositivo, do tamanho de um selo postal, contém 256 sensores e foi implantado em pacientes durante cirurgias cerebrais realizadas por outros motivos.

Imagem: Henrik5000/Getty Images Signature

Esses pacientes, depois de ouvirem palavras sem sentido, as repetiram em voz alta, permitindo que o dispositivo registrasse a atividade cerebral correspondente aos movimentos musculares da fala.

A tecnologia, ainda em estágio experimental, conseguiu decodificar os sons ouvidos com uma precisão de 40%, segundo dados publicados na revista Nature Communications.

Embora este seja um passo inicial, a equipe da Duke planeja desenvolver uma versão sem fio do aparelho, visando garantir maior mobilidade e conforto para os usuários.

Esse dispositivo é apenas um exemplo do potencial dos implantes cerebrais.

Em outros estudos, implantes permitiram a um homem paralisado andar e a um tetraplégico recuperar movimentos, ambos por meio da detecção da atividade neuronal e reconexão com partes do corpo.

Em um caso notável, uma pessoa sem voz conseguiu falar, utilizando um sistema que decodifica palavras a partir dos sinais cerebrais relacionados à fala.

A comunicação é essencial para a experiência humana, e a perda dessa habilidade devido a condições neurológicas pode ser devastadora.

As ferramentas existentes para auxiliar nessa comunicação são geralmente lentas e complexas. A inovação da Duke University representa, portanto, uma esperança tangível para restaurar essa capacidade vital de forma mais natural e eficiente.

Enquanto a Duke University reconhece que há um longo caminho a ser percorrido até que a prótese esteja disponível comercialmente, os avanços atuais sugerem um futuro onde as barreiras da comunicação podem ser superadas.

Isso devolve a voz àqueles que a perderam e abre novas possibilidades para a interação humana.

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