Pegasus é utilizado por 5 países da União Europeia
Ao ser expulso dos Estados Unidos em 2021, o spyware Pegasus passou a ser utilizado como fonte de pesquisa e investigação ao redor do mundo
Recentemente, a empresa responsável por desenvolver o programa espião esteve em uma comissão de inquérito do Parlamento Europeu que investiga o uso do Pegasus e outros spywares de vigilância.
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Durante a realização do encontro, os legisladores efetuaram alguns questionamentos voltados para os clientes da empresa, porém, o conselheiro-geral do NSO Group, Chaim Gelfand, afirmou que não iria responder nenhuma indagação sobre os clientes da empresa, limitando-se a garantir que “menos de 50” fazem uso do recurso, entre os quais “mais de cinco” pertencem aos estados-membros da própria UE.
Embora haja muitos relatos relacionados ao redor do globo sobre espionagens de jornalistas, ativistas dos direitos humanos, sem mencionar nos políticos da oposição, Gelfand garantiu, e afirmou até o último momento, que o spyware apenas é fornecido para agências governamentais “com o objetivo de prevenir e investigar terrorismo e outros crimes graves”.
Spyware Pegasus
Ao decorrer da RSA Conference – maior evento da indústria de segurança da informação – efetuado no país norte-americano, houve uma palestra explicando detalhadamente sobre o Pegasus. Ela foi feita por Heather Mahalik, do SANS Institute.
“Este ataque literalmente voa pelo ar, pousa em seu dispositivo iOS ou Android. Você não clica nele, mas ele se auto instala imediatamente, e é aí que meu trabalho se torna muito difícil. Ele também se autodestrói“.
Conforme alguns especialistas, o malware entra no dispositivo e o infecta. Tudo isso por meio de uma mensagem processada de forma automática, sem ao menos ser aberta. Após a instalação, o cliente NSO dispõe de acesso ilimitado a e-mails, senhas e fotos da vítima.