Osteossarcoma em dinossauro amplia conhecimento sobre doenças pré-históricas
Cientistas descobrem osteossarcoma em fóssil de dinossauro de 77 milhões de anos.
Uma descoberta científica fascinante realizada pelo Museu Real de Ontário (ROM) e pela Universidade McMaster trouxe à tona uma doença que pode ser considerada a mais antiga do mundo. Trata-se do osteossarcoma, um tipo de câncer ósseo que foi concebido em um dinossauro que viveu há impressionantes 77 milhões de anos.
A notícia dessa descoberta foi publicada na renomada revista The Lancet Oncology em agosto de 2020, revelando o surpreendente diagnóstico de um osteossarcoma em um fóssil de um Centrosaurus apertus. Ele foi encontrado na região de Alberta, no Canadá, no ano de 1989, mas só agora foi possível identificar a doença.
Entenda um pouco mais sobre a doença
O osteossarcoma é uma forma agressiva de câncer que afeta os ossos, comprometendo sua estrutura e funcionalidade. Ele é mais comum em seres humanos, mas essa descoberta sugere que essa doença já existia há milhões de anos, atingindo até mesmo os dinossauros.
Uma análise detalhada das características fósseis revelou consistências patológicas com o osteossarcoma, incluindo a presença de tumores malignos no osso da perna, conhecidos como fíbula.
Essa descoberta tem um valor significativo para a ciência e a paleontologia, pois expande nosso conhecimento sobre a saúde dos animais pré-históricos e sua suscetibilidade a doenças graves. Além disso, nos faz refletir sobre a longevidade e persistência de certas enfermidades ao longo da história da Terra.
Através de avanços na tecnologia e técnicas científicas inovadoras, os especialistas estão gradualmente desvendando segredos sobre o passado da Terra e as doenças que afligem seus habitantes mais antigos. A descoberta do osteossarcoma em um fóssil de dinossauro é apenas um exemplo impressionante desse progresso contínuo.
À medida que a pesquisa continua, é possível que surjam novas descobertas sobre doenças antigas que afetaram diferentes espécies ao longo da história. Essas informações nos ajudam a entender melhor a evolução das doenças e a desenvolver estratégias mais eficazes de diagnóstico e tratamento nos tempos modernos.
Foto: Anthony Hutchings/University of Southampton/Reprodução