'Olhos que Condenam': conheça a chocante história real dos 'Cinco de Central Park' que inspirou a série
Conheça a história real dos Cinco de Central Park que inspirou a série 'Olhos que Condenam', da Netflix.
Uma série impactante da Netflix, intitulada “Olhos que Condenam”, sob a direção de Ava DuVernay, lança luz sobre a trágica e real história dos “Cinco de Central Park”. A série mergulha em um doloroso episódio da história americana ocorrido em 1989.
Na trama, cinco jovens afro-americanos e latinos (Antron McCray, Kevin Richardson, Yusef Salaam, Raymond Santana e Korey Wise) foram injustamente acusados de estupro e agressão a Trisha Meili, uma jovem branca, no Central Park.
Saiba a história real por trás da série
Imagem: Netflix/Reprodução
Os protagonistas tinham meros 14 a 16 anos quando foram arrastados para uma confusão de pressão policial e coerção, resultando em confissões forçadas de crimes que não cometeram.
Essas declarações, obtidas sem a presença de pais ou advogados, serviram como base para o caso, apesar da falta de coincidência de DNA entre eles e a vítima, bem como a cena do crime.
Divididos em dois julgamentos distintos, os jovens enfrentaram condenações por diferentes acusações. No entanto, mantiveram sua dignidade ao recusar acordos que implicariam em culpa em troca de penas mais brandas.
O enredo sombrio ganhou reviravoltas anos depois, quando Matias Reyes, um notório estuprador em série, confessou o crime. Seu DNA correspondia de maneira irrefutável às provas do caso.
Em um capítulo doloroso da história, Korey Wise, após anos de encarceramento injusto, finalmente conquistou sua liberdade em 2002, tornando-se uma figura emblemática de resiliência.
O resgate tardio aconteceu somente após o sistema judiciário falhar. Os cinco jovens entraram com um processo contra a cidade de Nova York e, em 2014, receberam uma compensação de 41 milhões de dólares. Essa foi uma tentativa de amenizar, de alguma forma, o sofrimento imposto a eles por um erro monumental.
A série “Olhos que Condenam” não somente desenterra um erro judiciário grotesco, mas também lança um holofote sobre a relevância urgente da reforma do sistema criminal, sobretudo nos Estados Unidos. Esse país ainda possui profundas chagas advindas do racismo e da escravidão.