O livro é melhor? ESTES autores detestaram ver suas obras no cinema

Geralmente, leitores preferem a obra retratada no livro em vez de vê-la nos cinemas. Já parou para pensar que os autores também têm uma opinião sobre as adaptações? E nem sempre positiva.

A adaptação de obras literárias e de quadrinhos para o cinema é um processo complexo que gera debates intensos entre os criadores e os responsáveis pelas versões cinematográficas.

Embora muitas vezes os filmes alcancem sucesso comercial e crítico, há casos em que os próprios autores das obras originais expressam descontentamento com as adaptações feitas.

Será que tais produções conseguiram conquistar os escritores? E mais ainda: será que o livro ou quadrinho original continua a ser considerado superior à sua adaptação cinematográfica?

Alguns autores preferem o que escreveram, em vez do que foi adaptado ao cinema. Confira!

6 autores que detestaram a adaptação de seus livros

1. ‘Percy Jackson e o Ladrão de Raios’

Rick Riordan não concordou com a idade dos personagens na trama – Imagem: Legião dos Heróis/Reprodução

O lançamento do primeiro filme em 2010 foi um momento aguardado por fãs e pelo próprio Rick Riordan, autor do livro, mas infelizmente não atendeu às expectativas dele.

O escritor expressou sua insatisfação com várias decisões tomadas na adaptação, incluindo a idade dos personagens e divergências significativas no roteiro em relação ao livro original.

Em cartas dirigidas aos cineastas responsáveis pela adaptação, Riordan destacou que a representação da idade dos personagens era fundamental para a compreensão da história e o desenvolvimento deles.

No filme, os personagens foram retratados de maneira mais velha do que no livro, o que afetou profundamente a autenticidade e o apelo da narrativa para os fãs da série.

2. ‘Bonequinha de Luxo’

O autor do livro não aprovou a adaptação cinematográfica – Imagem: Legião dos Heróis/Reprodução

Truman Capote, autor do romance ‘Bonequinha de Luxo’, nunca escondeu seu descontentamento com a adaptação cinematográfica de sua obra.

Desde o início do processo de produção do filme, Capote expressou sua opinião de que apenas Marilyn Monroe seria adequada para o papel principal.

A escolha de Audrey Hepburn para interpretar a icônica Holly Golightly foi um ponto de discórdia para Capote, que não conseguia aceitar a decisão do estúdio.

A partir desse momento, Capote permaneceu crítico em relação ao filme e à performance de Hepburn, alegando que ela não conseguia capturar a essência da personagem da mesma forma que Monroe poderia ter feito.

3. ‘A Fantástica Fábrica de Chocolate’

Dahl não aprovou a escolha do elenco – Imagem: Legião dos Heróis/Reprodução

Roald Dahl, renomado autor de ‘A Fantástica Fábrica de Chocolate’, não escondeu a opinião sobre a primeira adaptação cinematográfica de sua obra.

Apesar de ser creditado como roteirista do filme, Dahl revelou que teve pouco envolvimento com o produto final e expressou preocupações e frustrações em relação a várias decisões criativas.

Uma das principais fontes de descontentamento de Dahl foi a escolha do elenco, especialmente a decisão de escalar Gene Wilder para interpretar o papel de Willy Wonka.

Dahl não acreditava que Wilder fosse a escolha ideal para o personagem e expressou sua insatisfação com tal decisão desde o início.

4. ‘O Iluminado’

Stephen King revelou que exageraram na adaptação – Imagem: Legião dos Heróis/Reprodução

Stephen King, escritor de horror muito popular, é conhecido por sua forte opinião sobre as adaptações de seus livros para o cinema e televisão.

Um dos exemplos mais notórios é sua aversão a ‘O Iluminado’, dirigido por Stanley Kubrick. King expressou abertamente o descontentamento com a interpretação do filme, alegando que Kubrick falhou em compreender a essência de sua obra.

Ele considerou que o filme deturpou o arco do protagonista, Jack Torrance, e omitiu elementos cruciais da história.

5. ‘Sherlok de Saias’

A autora criticou o desenvolvimento da história – Imagem: Legião dos Heróis/Reprodução

Agatha Christie é aclamada por suas obras de mistério e suspense, que cativaram leitores ao redor do mundo.

Quando se tratava das adaptações cinematográficas de seus romances, sua satisfação era uma raridade.

Um exemplo emblemático desse descontentamento foi com ‘Sherlock de Saias’, uma adaptação que não alcançou os padrões esperados pela autora.

Christie expressou sua desaprovação em relação à interpretação cômica de Margaret Rutherford, que deu vida à personagem Miss Marple, originalmente concebida como uma detetive perspicaz.

A autora também criticou o próprio desenvolvimento do enredo, sentindo que não capturava a essência de suas histórias.

6. ‘Garota, interrompida’

A autora revelou que a adaptação foi excessivamente dramática – Imagem: Legião dos Heróis/Reprodução

Susanna Kaysen, autora de ‘Garota, Interrompida’, viu sua obra autobiográfica ganhar vida nas telas do cinema pelas mãos do diretor James Mangold em 1999.

Ao contrário do sucesso esperado, a adaptação do livro gerou controvérsia e críticas, tanto do público quanto da própria escritora.

Kaysen expressou desaprovação com o filme, chamando-o de ‘bobagem melodramática’ e acusando Mangold de inventar elementos na trama que não estavam presentes no livro.

Para ela, a representação cinematográfica de sua história carecia do cuidado e da sensibilidade necessários para lidar com questões tão complexas, como os transtornos mentais e as experiências em uma instituição psiquiátrica.

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