O final de “She-Hulk” decepcionou os fãs?
O que poderia incomodar em uma história feminina realista? Entenda os fatos que desapontam as expectativas do público de She-Hulk.
O que poderia incomodar em uma história feminina realista? Entenda os fatos que desapontam as expectativas do público de She-Hulk. A série lançada pela Disney+ em 18 de agosto de 2022 conta com 9 episódios e é baseada na personagem dos HQs da Marvel Comics, a She Hulk. Essa mistura de comédia, drama jurídico, aventura e ação, “She-Hulk: Attorney at Law” é de autoria de Jessica Gao, Jack Kirby e John Buscema.
O elenco de “She-Hulk” conta com integrantes como Tatiana Maslany (Mulher-Hulk/Jen Walters), Jameela Jamíl (Titania), Ginger Gonzaga (Nikki Ramos), Mark Ruffalo (Bruce Banner), Josh Segarra (Pug), Tim Roth (Abominável) dentre outros.
No primeiro episódio (A normal Amount of Rage) Jen Walters e seu primo Bruce, o próprio Incrível Hulk, sofrem um acidente causado por uma nave espacial e se ferem, Jen então recebe uma transfusão de sangue de seu primo que está contaminada com raios gama, fazendo assim com que ela se transforme em She-Hulk quando ganha uma enorme força devido a contaminação.
Tendo uma vida difícil tanto como Jen quanto como Mulher Hulk, no segundo episódio (Superhuman Law), a personagem é demitida de seu emprego porque estava salvando vidas e tentava então inserir-se novamente no mercado de trabalho.
Com a vida romântica maçante, Jen se envolve com caras não muito agradáveis, estes variam desde chatos a extremamente assustadores, ela então cria um perfil de namoro no quarto episódio (“Is This Not Real Magic?”). Jen até conseguiu encontrar alguém que conquistou seu sentimento, mas decidiu não seguir com o relacionamento após seu namorado fazer o bonk-and-dash. Logo após o término, Jen teve que ir para uma batalha judicial, pois Titania, sua inimiga, tinha registrado o nome “She-Hulk”.
No episódio 6 (“Apenas Jen”) Jen conhece Josh em uma despedida de solteiro sem saber que ele era pago para tentar conquistá-la e roubar seu sangue.
Assim como muitas mulheres na vida real, Jen tem sua privacidade invadida pelos membros da comunidade liderada por Todd, a Intelligencia. Aqui na vida real muitas mulheres deixam de revidar comentários similares aos feitos pelos membros da Intelligencia na reunião, claro, por causa de todo cenário de perigo que elas se expõem ao decidir tomar tal atitude. No entanto, She-Hulk não deixa de demonstrar sua raiva e logo após ela é detida pelo Departamento de Controle de Danos.
A produção se preocupou em fazer com que as mulheres se identificassem com as histórias de Jen, pois se ignorarmos seus superpoderes, notaremos que os dilemas que ela enfrenta na série são os mesmos dilemas sofridos pelas mulheres aqui no mundo real. Mas como se dá o desenrolar dessas histórias na série?
Muitas espectadoras que já viveram essas histórias sentiram-se frustradas e acharam decepcionante. Isso porque a expectativa era que Jen, sendo uma das poucas representantes femininas no mundo de super heróis, tomassem atitudes que às vezes nós queríamos tomar e não podemos, afinal, não temos seus superpoderes, no entanto, a série preocupou-se mais em mostrar seu intelecto.
Não há nenhum tipo real de vitória para Jen. No terceiro episódio (“The People vs. Emil Blonsky”) no momento de medo, Jen até mesmo se esquece que tem superpoderes ao ser cercado por um grupo de homens que a acusavam, mas ao lembrar, Jen se defende usando seu superpoder.
O motivo de desagrado do público foi porque cenas como essa não foram tão presentes na série, o esperado era que pelo menos no episódio final tivesse algo parecido com isso.
A falta de informação sobre o que aconteceu com os membros da Intelligencia que cometeram crimes como ameaça de morte, invasão de privacidade, e discurso de ódio, também decepcionou, pois a expectativa era que, por ser um mundo fictício, eles tivessem os fins diferente dos homens daqui da vida real que também saem impunes desses atos.