Nunca houve tantos desastres naturais no Brasil; veja os detalhes

A Terra é dinâmica e está em constante mudança desde a origem do Universo, a cerca de 4,5 bilhões de anos.

No entanto, por vezes os humanos se esquecem dos grandes impactos geológicos que consequentemente resultam em desastres naturais.

Nesse sentido, é importante destacar que, no atual período em que vivemos, o Quaternário da Era Cenozoica, muitos eventos são causados por ações humanas, como os prejuízos gerados por desastres naturais.

Do ponto de vista geológico, o Brasil é um país muito bem posicionado. A distância entre os limites da placa tectônica evita ocorrências como terremotos, vulcanismo e tsunamis.

Porém, a posição geologicamente privilegiada do ponto de vista dos especialistas não têm sido o suficiente para impedir um alto número em desastres naturais.

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) revelou que o Brasil enfrentou um total alarmante de 1.161 desastres naturais em 2023.

Estatística revela dado alarmante sobre o Brasil

Local afetado por desastre natural no Brasil – Imagem: Adobe Stock/Reprodução

Tal estatística alcançou um novo recorde desde a completa operacionalização, em dezembro de 2011, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres (Cemaden). Os dados revelam uma média de três ocorrências diárias ao longo do ano passado.

Dentre as adversidades documentadas, 716 foram classificadas como desastres hidrológicos, abrangendo inundações, enxurradas e alagamentos, o que representa 61,6% do total.

Outros 445 eventos foram categorizados como desastres geológicos, inclusive erosões, deslizamentos e afundamentos, totalizando 38,3%.

Esses números refletem a triste realidade de um desastre natural por dia, o que resulta em perdas humanas significativas, com 132 vidas perdidas, 9.263 feridos, 74.787 desabrigados e 524.863 desalojados. Em 2023, pela primeira vez, o país registrou mais de mil desastres naturais em um único ano.

Portanto, houve um contraste com os anos anteriores de 2022 e 2020, que variaram entre 800 e 900 ocorrências. Entre as cidades mais impactadas, Manaus liderou com 23 registros, seguida por São Paulo (22) e Petrópolis (18).

Além disso, ao longo do ano, o Cemaden emitiu 3.425 alertas de desastres, sendo 1.612 geológicos (47%) e 1.813 hidrológicos (52,9%). Petrópolis se destacou novamente, liderando com 61 alertas, seguida por São Paulo (56) e Manaus (49).

Exemplos dramáticos dessas tragédias incluem as fortes chuvas em São Sebastião, nos dias 18 e 19 de fevereiro de 2023, resultando em deslizamentos e 65 fatalidades no bairro Barra do Sahy.

Em 9 de dezembro, Angra dos Reis testemunhou a perda de dois idosos por afogamento, enquanto 300 pessoas foram desabrigadas devido às intensas chuvas, levando a prefeitura a declarar estado de emergência diante da destruição provocada pelos eventos climáticos.

Este preocupante cenário ressalta a urgência de medidas preventivas e adaptações diante das crescentes adversidades naturais enfrentadas pelo Brasil.