Novo caça que ‘lê mente’ do piloto é desenvolvido por Reino Unido, Itália e Japão
O trabalho já está em andamento e o que se sabe é que sensores de ponta serão usados com a finalidade de auxiliar o piloto.
Rishi Sunak, primeiro-ministro britânico, anunciou, no início deste mês, um novo acordo com a Itália e o Japão para o desenvolvimento de um novo caça a jato com Inteligência Artificial, o Tempest. Sunak declarou:
“A próxima geração de aeronaves de combate protegerá a nós e a nossos aliados em todo o mundo.”
O que se sabe é que sensores de ponta serão usados com a finalidade de auxiliar o piloto em algumas situações, como a de “estresse extremo”.
Segundo o primeiro-ministro, mais do que fortalecer os laços de segurança entre as nações envolvidas, essa iniciativa também criará “milhares de empregos”.
Como esse é um feito caro e complexo, a Grã-Bretanha teve — por obrigação — procurar parceiros para excluir a ideia do papel.
O objetivo é que o avião também consiga disparar mísseis hipersônicos e, de vez em quando, até voar sozinho sem um piloto a bordo através de um sistema avançado de pilotagem autônoma.
Uma das primeiras a contribuir com o projeto foi a Itália, seguida por Japão. Alguns países devem adotar a ideia do programa no futuro, como os EUA, grande responsável pelo programa de desenvolvimento do F35 — o caça mais caro já feito pelo Pentágono —, que também já está de olho no projeto. Sunak destaca:
“Precisamos permanecer na vanguarda dos avanços da tecnologia de defesa — superando aqueles que procuram nos prejudicar.”
Ele afirma ainda que:
“A parceria internacional que anunciamos com a Itália e o Japão visa fazer exatamente isso.”
A empresa italiana Leonardo e a japonesa Mitsubishi Heavy Industries estão entre as envolvidas no desenvolvimento do projeto.
A ideia é que o caça de última geração comece a voar entre 2030 e 2035, com a capacidade de carregar armamentos mais modernos que o Typhoon, que estreou em 1994 na Europa.
Um dos recursos mais antecipados do Tempest é uma ferramenta de Inteligência Artificial (IA) para auxiliar o piloto que será capaz de “ler sua mente”.
Um caça autônomo que lê a mente do piloto? Vamos entender!
Os sensores no capacete do piloto servirão para monitorar sinais cerebrais e outros dados médicos. Com isso, por meio de voos contínuos, a IA coletará um grande banco de dados de informações biométricas e psicométricas.
Isso significa que a IA a bordo poderá intervir e, até mesmo, ajudar caso os sensores demonstrarem que o piloto necessita de ajuda. Por exemplo, o piloto poderá perder a consciência por causa das forças de alta gravidade, e a Inteligência Artificial poderá assumir, assim, o controle do caça.
BAE Systems informou que, até 2027, um jato de demonstração ficará pronto em sua fábrica, no Reino Unido, e algumas dessas tecnologias serão testadas.