Nova inteligência artificial pode ‘medir’ sua saúde a partir de análise facial
Em desenvolvimento nos EUA, FaceAge promete mudar como a saúde é avaliada, focando na idade biológica a partir de análises faciais.
Nos corredores do hospital Mass General Brigham, em Boston, uma inovação tecnológica começa a tomar forma. A inteligência artificial FaceAge, ainda em testes, promete transformar a maneira como médicos avaliam a saúde dos pacientes por meio da análise de suas feições.
Essa ferramenta não só estima a idade biológica a partir de uma simples foto, mas também oferece informações cruciais para tratamentos médicos.
Diferente da idade cronológica, que apenas revela os anos vividos, a idade biológica captada pelo FaceAge reflete o verdadeiro estado de saúde do indivíduo. Essa avaliação pode ser determinante em tratamentos complexos, como os oncológicos, onde a resistência do paciente é vital para o sucesso da terapia.
FaceAge na medicina moderna
Em um estudo com mais de 6.000 pacientes com câncer, descobriu-se que, em média, a idade biológica era cinco anos superior à cronológica. Esse dado revelou uma conexão direta com a probabilidade de sobrevivência.
A precisão desta análise foi comprovada em até 80% dos casos quando combinada com dados clínicos, superando a análise visual tradicional.
Um exemplo ilustra bem essa inovação: um paciente de 86 anos, diagnosticado com câncer, surpreendeu ao ter sua idade biológica estimada em dez anos a menos pelo FaceAge. Ainda saudável aos 90 anos, ele exemplifica como a ferramenta pode orientar decisões médicas mais precisas.
Desafios e ética no uso da tecnologia
Embora os resultados iniciais sejam promissores, os desenvolvedores reconhecem desafios. O algoritmo ainda precisa ser aprimorado para lidar com variações de iluminação, maquiagem e outros fatores.
Além disso, a aplicação da tecnologia deve seguir rigorosos princípios éticos, assegurando que seu uso seja exclusivamente voltado ao benefício dos pacientes.
A FaceAge desponta como uma aliada na medicina personalizada, oferecendo dados objetivos para complementar a análise médica. No entanto, a substituição do julgamento humano ainda não está nos planos; o objetivo é enriquecer as avaliações com informações mais precisas e personalizadas.