Na Turquia, arqueólogos localizam restos do que pode ser a Arca de Noé

Suposta embarcação pode ter sido achada após análises geológicas.

A busca incessante pela lendária Arca de Noé, famosa na Bíblia por abrigar dois animais de cada espécie durante o dilúvio, pode estar mais próxima de um desfecho intrigante.

Um grupo de arqueólogos afirma ter encontrado possíveis destroços da lendária embarcação na Turquia, desencadeando debates sobre a autenticidade de tal descoberta.

Análises geológicas

A suposta arca foi identificada como uma formação geológica peculiar no distrito de Doğubayazıt, em Ağrı, Turquia, e sua semelhança com uma embarcação despertou o interesse dos pesquisadores.

A descoberta remonta a cinco mil anos atrás, mesma época estimada para o dilúvio de acordo com a tradição bíblica.

Os arqueólogos, envolvidos em um projeto de pesquisa iniciado em 2021, coletaram 30 amostras de fragmentos de rocha e solo para análise.

As primeiras conclusões revelaram a presença de materiais argilosos, marinhos e vestígios de frutos-do-mar no interior da formação, reforçando a hipótese de que a região poderia ter sido um local de atividade humana durante o período entre 5500 a.C. e 3000 a.C.

Formação geológica será analisada – Imagem: Noah Ark/Facebook/Reprodução

O Monte Ararat, na Turquia, é mencionado como o possível local onde a Arca de Noé repousou após o dilúvio, conforme a narrativa bíblica.

Sua elevação de 16,5 mil pés e o formato que se assemelha a uma grande embarcação alimentam ainda mais a especulação sobre a autenticidade da descoberta.

Entretanto, a interpretação literal da história da Arca de Noé é contestada por muitos estudiosos e arqueólogos.

O Dr. Andrew Snelling, Ph.D. da Universidade de Sydney, argumenta que o Monte Ararat não pode ser o local correto, alegando que se formou após o término do dilúvio.

O vice-reitor da universidade turca AİÇÜ, professor Faruk Kaya, enfatiza a presença de atividades humanas na área durante o período entre 5500 a.C. e 3000 a.C., o que coincide com a narrativa do dilúvio bíblico.

No entanto, ele ressalta a necessidade de mais estudos para confirmar se a formação realmente abriga os restos da Arca de Noé.

A história bíblica continua a intrigar e dividir opiniões, sendo um enigma que desafia tanto a comunidade científica quanto a fé.

O projeto de pesquisa na Turquia promete lançar luz sobre essa narrativa ancestral e sua possível correlação com evidências arqueológicas.

O debate entre ceticismo e fé persiste, enquanto o mistério da Arca de Noé se desdobra nas escavações do passado.

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