Altas temperaturas e mutações fúngicas: a realidade está similar à série ‘The Last Of Us’

Novas pesquisas revelam temperaturas ideais para as mutações de fungos.

Em um estudo recente, conduzido pela Duke University School of Medicine, foi identificada a possibilidade de um fungo potente gerar novas mutações em ambientes com temperaturas mais elevadas. Assim como na série “The Last Of Us”, altas temperaturas podem levar à mutação de fungos.

A ficção e a realidade não estão muito distantes no que se refere às mutações de fungos

A descoberta, publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, só foi possível após 800 testes em laboratório. Durante os testes, a taxa de mutações a 37 graus Celsius foi cinco vezes maior do que quando os fungos estavam a 30 graus Celsius. Ou seja, altas temperaturas podem levar à mutação de fungos.

Em altas temperaturas o organismo Cryptococcus neoformans apresentou os chamados genes saltadores que se modificaram no DNA. E segundos os pesquisadores, esse fato possibilita o fungo a se adaptar em diferentes ambientes durante a infecção.

Asiya Gusa afirma que “Isso pode acontecer ainda mais rápido porque o estresse térmico acelera o número de mutações que ocorrem”.

Os pesquisadores comentaram que as alterações sofridas por esse fungo são similares ao que acontece na série “The Last Of Us”, na qual um fungo em mutação acaba destruindo a humanidade. Com esse aconteceria algo parecido, porém sem as pessoas se transformando em zumbis.

Outra diferença importante é que no caso do fungo Cryptococcus neoformans a transmissão de uma pessoa para outra não é uma realidade. Sobre isso, Gusa comenta:

“Estas não são doenças infecciosas no sentido transmissível; não transmitimos fungos uns aos outros. Mas os esporos estão no ar. Nós respiramos esporos de fungos o tempo todo e nosso sistema imunológico está equipado para combatê-los.”

Ela afirma também que em caso de transmissão as máscaras utilizadas durante a pandemia da covid-19 resolveriam o problema. Isso porque, os fungos possuem esporos maiores que os vírus.

A pesquisa avançará na investigação de pacientes humanos que tiveram infecção fúngica mais de uma vez. Ela aponta que “Sabemos que essas infecções podem persistir e depois voltar com possíveis alterações genéticas”.

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