Mulher-Hulk já quebrava a 4ª parede nos quadrinhos muito antes de Deadpool

comparações relacionadas a Deadpool e Fleabag no momento em que a Marvel Studios disponibilizou, durante a San Diego Comic-Con

Entre as diversas críticas realizadas pelo CGI e várias comemorações relacionadas a participação do Demolidor, personagem de Charlie Cox, não houve a falta de comparações relacionadas a Deadpool e Fleabag no momento em que a Marvel Studios disponibilizou, durante a San Diego Comic-Con, She-Hulk despedaçando a quarta parede no seu trailer final. A referência não poderia fazer mais sentido, afinal ambos interagem com os espectadores sobre si mesmos. Mas, na opinião de Kat Coiro, diretora da série She-Hulk, que estreou a poucos dias no Disney+, a personagem já estava fazendo isso muito antes destas produções.

A expressão utilizada por ela pode parecer um total exagero, porém, ela é verídica, afinal no primeiro momento em que a personagem dos quadrinhos interagiu com os leitores foi em 1989, na edição de Sensational She-Hulk. Nesta HQ desenvolvida por John Byrne, ela começa a interagir com o leitos já em sua capa, dado uma “segunda chance” ao seu leitor. “Se você não comprar meu gibi dessa vez, vou até a sua casa e rasgo todos os seus X-Men”. Veja abaixo:

Ao passar do tempo isso acabou se tornando um marco da personagem, e é óbvio que a roteirista e produtora-executiva Jessica Gao não poderia ignorá-lo ao realizar uma versão cinematográfica da personagem nas telinhas. “Foi a fase do John Byrne que fez com que eu me apaixonasse por essa personagem. Sabe, era só tão leve, divertido e novo. Então sempre foi um elemento fundamental”. Diante disso, não demorou muito para que isso acabasse combinando com uma boa dose de humor.

Mas, como tudo tem um processo, até chegar no episódio conferido no último dia 18 de agosto, quinta-feira, exibido no Disney+, houve muitas tentativas. “Foi uma longa jornada, em que nos perguntamos: ‘o quanto ela deve falar com a câmera? Ela está falando com o público ou com outra pessoa, mais dos bastidores? Há outro elemento de metalinguagem?’”, explicou. “Houve um período no roteiro em que, em vez de falar diretamente com a câmera, havia caixinhas de texto, como se fossem notas do editor nos quadrinhos. E ela interagia com essas notas na tela. A gente eventualmente descartou essa ideia, mas, quer dizer, passamos por várias versões sobre como deveríamos fazer isso”.

Porém, da mesma forma que aconteceu nas HQs, a quebra da quarta parede trouxe Jen Walters para bem pertinho de seus fãs, e para a atriz Tatiana Maslany, a interação com o público é quase considerado como o super-poder de sua personagem. Por essa razão ela enfatiza que toda vez, quando você ouvir sobre comparações, lembre-se: “Deadpool copiou a She-Hulk!”.

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