Morre Leiji Matsumoto, autor de ‘Capitão Harlock’

Falecimento do mangaka foi anunciado pela sua filha à BBC.

Na última segunda-feira, 13, Makiko Matsumoto anunciou à BBC o falecimento de seu pai, Leiji Matsumoto, de 85 anos. O artista, conhecido por seus trabalhos com “Capitão Harlock: Pirata do Espaço”, faleceu de insuficiência cardíaca num hospital em Tóquio.

Makiko, filha e representante de Matsumoto, fez um comunicado no Twitter com a seguinte mensagem:

“O ‘mangaka’ Leiji Matsumoto partiu em uma jornada ao mar de estrelas. (…) Ele sempre dizia: ‘voltaremos a nos encontrar nesse lugar onde as rodas do tempo se cruzam’. Nós acreditamos nessas palavras e esperamos que esse dia chegue”.

Sua filha agradeceu o apoio dos fãs, de todas as pessoas envolvidas na publicação das obras de seu pai e toda a equipe médica, que “o ajudou na preparação para essa viagem“. As honras fúnebres familiares já foram celebradas.

A vida de Leiji Matsumoto

No dia 25 de janeiro de 1938, em Kurume, na região de Fukuoka, no Japão, nascia Akira Matsumoto (nome de nascença do mangaka).

Seu primeiro contato com desenho foi aos 6 anos de idade, e aos 9 ele conheceu a obra “Shin Takarajima” (A Nova Ilha do Tesouro, 1947), do autor Osamu Tezuka, considerado o pai do mangá moderno. Foi nesse contato que Akira descobriu sua vocação para mangaka.

Aos 15 anos, agora como Leiji Matsumoto, ele publicou seu primeiro trabalho, “Mitsubachi no Boken” (Aventuras da Abelha do Mel), na revista Maga Shonen. O desenhista passou a ganhar destaque no mercado de mangá em 1970, com “Otoko Oidon”, que conta a história de um jovem pobre que se prepara para as provas universitárias.

No entanto, o trabalho que fez o nome de Matsumoto foi “Capitão Harlock: Pirata do Espaço”. Essa obra abriu caminho para um universo rico que conta com “Patrulha Estrelar” (Space Battleship Yamato), “Galaxy Express 999” e “Queen Emeraldas”.

A carreira de Leiji Matsumoto ultrapassou as páginas dos mangás e animes. O autor fez uma colaboração com a dupla Daft Punk em vários clipes do álbum “Discovery”.

Devido às suas contribuições no desenvolvimento e realização artística, o governo japonês presenteou Matsumoto com a Medalha Fita Púrpura, em 2001. Ele foi homenageado também em 2010, com a Fita de Ouro com Raios Escarlate da Ordem Japonesa do Tesouro Sagrado.

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