MISTÉRIO milenar: artefato anglo-saxão de 1200 anos intriga cientistas e historiadores

Descoberta única no condado de Norfolk levanta questões sobre propósito e origens.

A comunidade de caçadores de tesouros no condado de Norfolk, leste da Inglaterra, surpreendeu historiadores e entusiastas ao encontrar um artefato de prata dourada, com apenas 19,4 mm de diâmetro, datado do final do século VIII ou início do século IX.

Apesar de seu tamanho diminuto, o objeto, descrito como “completamente diferente” de outros achados regionais, se tornou um enigma intrigante para especialistas.

A historiadora Helen Geake, oficial de ligação do Esquema de Antiguidades Portáteis, expressou perplexidade diante da singularidade do artefato.

Ela destacou que, embora objetos semelhantes tenham sido encontrados anteriormente, o propósito real e a identidade desse artefato específico permanecem desconhecidos. Geake enfatizou a meticulosidade do trabalho, comparando-o a criações como uma bíblia ou uma joia.

O enigma do objeto

Descoberto nas proximidades da vila de Langham, o artefato peculiar assemelha-se a um pequeno boné amassado, mas sua riqueza está nos detalhes.

Ornamentado com padrões táteis e a representação de um animal semelhante a um cavalo, o objeto revela a habilidade de um artesão verdadeiramente “multitalentoso”, nas palavras de Geake.

O animal, pintado de forma sutil e contornado em ouro marrom escuro, exibe características complexas, como um olho visível, indicando uma maestria na aplicação de mercúrio espanhol e ouro em pó.

Geake compara o padrão do artefato com as tintas utilizadas em iluminuras, livros manuscritos ricamente decorados da mesma época. A similaridade sugere uma conexão entre o objeto misterioso e a prática artística contemporânea.

Representação do artefato encontrado – Imagem: Andrew Williams/Reprodução

O artefato, devido aos materiais nobres e à habilidade artesanal evidente, levanta especulações sobre seu propósito original.

Geake sugere que poderia ter sido um pequeno tesouro com significado pessoal ou religioso, possivelmente utilizado como elemento decorativo na ponta do bastão de uma autoridade.

O colunista Craig Simpson, do ‘The Telegraph’, ressalta a natureza única do artefato, classificando-o como um “pequeno tesouro”.

A notoriedade do artefato atingiu o Museu do Castelo de Norwich, na mesma região, que manifestou interesse em adquiri-lo.

Em um condado que já se destacou por descobertas de relíquias, esse artefato específico continua a desafiar as explicações convencionais, preservando seu status como um mistério anglo-saxão de 1200 anos.

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