Mais uma vez, cientistas fazem alerta preocupante sobre crise climática mundial
O Relatório do Estado do Clima de 2023 traz um alerta contundente: a vida na Terra enfrenta sérios riscos devido aos crescentes extremos climáticos.
No início de 2023, o mundo foi confrontado com um novo relatório que descreveu um quadro sombrio do estado do nosso planeta. O Relatório do Estado do Clima, lançado este ano, não trouxe notícias animadoras.
Ao contrário disso, o documento revelou que a vida na Terra está em perigo devido às mudanças climáticas.
Indicadores são alarmantes
O relatório revelou que 20 dos 35 indicadores-chave usados para monitorar as mudanças climáticas atingiram níveis extremos.
Esses indicadores incluem aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera, perda de florestas devido a incêndios, aumento do nível do mar, derretimento da massa de gelo na Antártida, aumento no número de dias excepcionalmente quentes e acidificação dos oceanos.
Por sua vez, o cientista William Ripple, líder do estudo, alertou que:
“[…] as tendências reveladas pelos dados são profundamente alarmantes, sinalizando desastres relacionados ao clima em crescimento”
Em 2023, por exemplo, já foram registrados 38 dias com temperaturas médias globais mais de 1,5 ºC acima dos níveis pré-industriais, um marco crítico para o planeta.
O relatório também destaca um paradoxo preocupante: os países em desenvolvimento e as comunidades mais vulneráveis, conhecidas como o Sul Global, são os mais afetados pelas mudanças climáticas, embora sejam os menos responsáveis por sua criação.
Um exemplo chocante disso ocorreu no Canadá, onde incêndios florestais liberaram mais de 1 gigatonelada de dióxido de carbono na atmosfera, superando significativamente as emissões de gases de efeito estufa do país durante todo o ano de 2021.
Imagem: Yandex//alumni
Implicações para o futuro
Além do aumento da temperatura, o relatório alerta para a possibilidade de a frequência e a gravidade dos desastres relacionados ao clima se tornarem mais preocupantes.
A projeção para o final do século XXI é sombria, com estimativas indicando que entre 3 a 6 bilhões de pessoas podem enfrentar condições insuportáveis, marcadas por calor extremo, escassez de alimentos e altas taxas de mortalidade.
O relatório também enfatiza a ausência de ações eficazes para combater o problema. Pelo contrário, os subsídios para combustíveis fósseis, que incentivam a produção e o consumo de petróleo, quase dobraram entre 2021 e 2022.
Diante dessa crise, os cientistas recomendam a eliminação dos subsídios para combustíveis fósseis, a transição para dietas baseadas em plantas, a proteção de florestas e a implementação de tratados internacionais para reduzir o uso de combustíveis fósseis.
A crise climática é um desafio que afeta a todos, e a responsabilidade recai sobre cada um de nós. É crucial agir tanto individual quanto coletivamente para mitigar as mudanças climáticas.
Cada pessoa pode contribuir adotando práticas mais sustentáveis, apoiando políticas que promovem a proteção do meio ambiente e pressionando por mudanças positivas.
O Relatório do Estado do Clima de 2023 é um alerta contundente de que a vida na Terra enfrenta uma séria ameaça. A crise climática é uma realidade, demandando ações urgentes. Unindo esforços, podemos fazer a diferença e proteger nosso planeta para as gerações futuras.