Mais caro do Japão? Anime do Studio Ghibli pode quebrar recordes de orçamento
Conheça mais sobre o anime e as razões para a produção ser tão aguardada
O tão esperado filme de anime “The Boy and the Heron”, também conhecido como “How Do You Live?“, do renomado Studio Ghibli e do diretor Hayao Miyazaki, não está apenas ganhando atenção por sua história cativante, mas também pelo seu possível título de filme japonês mais caro já feito.
Com um lançamento impressionante nas bilheterias japonesas, o filme arrecadou mais de 6,23 bilhões de ienes (cerca de US$ 43,3 milhões ou R$ 213,4 milhões) em apenas um mês, superando as expectativas.
Sucesso absoluto na terra natal
O sucesso do filme nas bilheterias é ainda mais notável porque ele foi lançado sem campanhas de publicidade ou trailers de pré-visualização. O filme conquistou o público apenas por sua reputação e a marca do Studio Ghibli.
No entanto, o que surpreende é a afirmação do produtor veterano do Studio Ghibli, Toshio Suzuki, de que “The Boy and the Heron” pode ter sido o filme japonês mais caro já feito.
Imagem: Studio Ghibli/Reprodução
Durante uma entrevista ao talk show do YouTube Hiroyuki no Ikisakimitei, Suzuki declarou:
“Acho que gastamos mais dinheiro fazendo [‘The Boy and the Heron’] do que qualquer outro filme já feito no Japão, provavelmente.”
Embora essa afirmação não possa ser confirmada como um fato, até porque não divulgou valores, a credibilidade de Suzuki como membro-fundador do Studio Ghibli dá peso às suas palavras.
O investimento significativo pode ser atribuído à dedicação do Studio Ghibli à qualidade e aos detalhes de suas animações. “The Boy and the Heron” passou sete anos em desenvolvimento, seguindo a tradição de animação à moda antiga do estúdio.
Essa abordagem requer tempo e recursos consideráveis, resultando em um filme visualmente impressionante, mas também potencialmente mais caro de ser produzido.
Enquanto o filme de Hayao Miyazaki tem obtido sucesso nas bilheterias, ocupando o terceiro lugar em um fim de semana recente, atrás de produções como “Kingdom” e “Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte I”, a ausência de campanhas de marketing convencionais pode estar limitando seu alcance.
Com um orçamento de produção possivelmente excedendo o de “O Conto da Princesa Kaguya”, que foi considerado o filme mais caro feito pelo Ghibli, é crucial para o estúdio atrair um público mais amplo.
À medida que a história envolvente e o nome do Studio Ghibli continuam a atrair fãs, o sucesso financeiro de “The Boy and the Heron” permanece em aberto.
A possível conquista do título de filme japonês mais caro pode ser uma prova do compromisso do estúdio com a qualidade artística, mas a falta de estratégias de marketing pode influenciar seu impacto em longo prazo.
Com o potencial de empatar ou até mesmo superar seus custos de produção com sua arrecadação nas bilheterias, o filme mantém a comunidade cinematográfica ansiosa para ver como essa história se desenrolará tanto nas telas quanto no mundo financeiro.