PROIBIDO! Justiça brasileira pede suspensão do Telegram em todo o país

A decisão foi tomada na madrugada de hoje (27).

A Justiça Federal do Espírito Santo determinou, na madrugada de hoje (27), a suspensão do aplicativo Telegram, rede social para troca de mensagens amplamente conhecida e utilizada no Brasil.

A decisão foi tomada após a empresa não ter enviado dados sobre grupos de extremismo antissemita.

Entenda o caso envolvendo o Telegram

Justiça suspende Telegram em território nacional
Foto: Ivan Radic/Flickr

A Justiça havia pedido dados completos dos participantes dos grupos neonazistas, por ligações com o ataque a uma escola em Aracruz, no Espírito Santo, ocorrido em novembro do ano passado.

O ataque, que deixou 12 feridos e 4 pessoas mortas, teria acontecido em razão de antissemitismo, já que, na casa do autor dos ataques, um garoto de 16 anos, foram achados símbolos nazistas e conteúdos ilegais em seu computador.

Embora o pedido, feito na quarta-feira, 19, tenha sido por dados completos, a plataforma de mensagens enviou apenas dados parciais sobre o administrador do grupo antissemita para a Polícia Federal.

Essa decisão levou à suspensão do aplicativo em território nacional. Além disso, uma multa diária de R$ 1 milhão foi imposta ao Telegram até que este entregue as informações solicitadas.

O posicionamento da empresa, ao apenas excluir o grupo neonazista de sua plataforma, foi mal recebido e visto como uma desculpa genérica para não acatar às decisões da Justiça Federal.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, está de acordo com a decisão e alega que grupos como estes são um risco à vida de crianças e adolescentes do país.

A Secretaria Nacional do Consumidor se reuniu hoje em uma reunião com a Anatel para discutir o caso. O secretário e líder do órgão público, Wadih Nemer Damous, do PT, alertou as empresas de comunicação que atuam no país, sugerindo que combatam a disseminação de ódio e desinformação em suas plataformas virtuais.

A decisão tomada pela Justiça demonstra uma preocupação por parte dos órgãos públicos com a segurança da população, já que as empresas de comunicação são responsáveis por controlar a divulgação desses discursos extremistas e conteúdos violentos e ilegais.

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