1.100 reais cada: mangas mais caras do mundo são cultivadas no Japão; entenda

Hiroyuki Nakagawa, ex-magnata do petróleo, cultiva mangas que chegam a valer R$ 1.100 cada.

Hiroyuki Nakagawa, ex-magnata pretoleiro, transformou a paisagem gélida de Hokkaido, a ilha mais ao norte do Japão, em um paraíso para o cultivo das mangas mais valiosas do mundo. Nakagawa usa sua estufa, que chega a uma temperatura de 36 ºC, para cultivo das iguarias durante o inverno japonês.

Estufa onde mangas mais caras do mundo são produzidas./Reprodução

Localizada em Otofuke, a estufa é uma grande produtora de frutas, sendo responsável pelo cultivo dessas mangas excepcionais. A genialidade desse resultado se deve ao processo de produção.

Hiroyuki utiliza a neve armazenada no inverno para resfriar a estufa durante o verão, atrasando o florescimento das mangueiras. Com a chegada do inverno, a estufa é aquecida por fontes termais, permitindo a colheita de cerca de 5 mil mangas fora da estação normal.

Devido à temperatura, a colheita dispensa o uso de pesticidas, por conta da ausência de insetos durante o inverno. Além disso, a colheita de inverno proporciona mais mão de obra disponível, contribuindo para um processo mais sustentável e colaborando com a economia local.

Segundo Nakagawa, o sabor das mangas, conhecidas como “mangas de neve”, é doce como o mel, com uma textura cremosa e um teor de açúcar mais elevado que o das mangas comuns.

Mangas de Nakagawa conquistam o mercado

As mangas alcançam o valor impressionante de US$ 230 cada (cerca de R$ 1.100). No ano de 2014, uma das frutas foi vendida em uma loja de departamentos localizada em Tóquio. O valor da venda chegou a 400 dólares, algo em torno de 2 mil reais.

Seu sabor excepcional, o não uso de pesticidas e suas folhas, que chamam a atenção de empresas de chá, fazem com que a demanda pelas frutas cresça mais a cada ano.

O agricultor não pretende parar por aí. Já existem planos para o cultivo de outras frutas tropicais em Hokkaido, como pêssegos. Seu objetivo é impulsionar a economia local e transformar a região em um centro de frutas de inverno.

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