James Cameron gostaria que mais mulheres dirigissem filmes de super-heróis
Cineasta acredita que essa abordagem seria mais saudável.
Em entrevista à Time, James Cameron compartilhou que pensa ser mais interessante ter mulheres na direção de filmes de super-heróis protagonizados por homens. Para ele, essa seria uma perspectiva mais saudável, uma vez que não limitaria as diretoras a projetos protagonizados por super-heroínas.
Ele expõe que sua esposa, a também diretora Kathryn Bigelow, não aceitaria um projeto de super-heroína, mas que absolutamente se interessaria por um filme como “Batman”. Nas palavras do cineasta:
“É necessário ter uma diretora mulher dona de um grande filme de ação, embora Kathryn Bigelow faça isso há algum tempo.
Ela teria recusado qualquer filme do gênero que lhe fosse oferecido com uma protagonista feminina, e essa é a perspectiva mais saudável, eu acho, pessoalmente.
Por que não ter mulheres dirigindo personagens masculinos? Ter uma mulher dirigindo ‘Batman’. Agora, estamos conversando.”
Uma amostra do que uma mulher pode fazer na direção de um super-herói (no caso, um vilão, ou quase anti-herói, talvez… fica o questionamento aí para vocês, caros leitores) é a série “Loki“, com direção de Kate Herron.
O diretor afirma que, quando as mulheres participam de produções de super-heróis, geralmente a oportunidade envolve o desenvolvimento de uma protagonista feminina, como ocorreu com a franquia “Mulher-Maravilha”, com direção de Patty Jenkins.
James Cameron sobre ‘Mulher-Maravilha’
Na época do lançamento, em 2017, James Cameron criticou a adaptação de “Mulher-Maravilha”, que foi dirigida por Patty Jenkins. A crítica foi referente ao figurino da personagem:
“Eu não tenho um problema com ‘Mulher-Maravilha’. Eu amei o filme. O que era difícil de entender pra mim naquele momento era que tudo bem se a mulher quer ser bonita e se vestir bem não para o olhar masculino, mas para o próprio olhar no espelho, certo? […]
Era necessário ter uma diretora dona de um grande filme de ação, embora Kathryn Bigelow já fizesse isso há algum tempo.”
Por fim, nessa declaração, fica claro que o cineasta entende que as roupas das personagens em várias ocasiões servem como um paradigma da objetificação. Mas agora ele parece perceber a questão de uma forma um pouco diferente.