Isento da culpa! Ar de São Paulo não é o pior mundo; existem mais poluídos

Nesta segunda-feira, São Paulo foi apontada como a cidade com o ar mais poluído do mundo, segundo o ranking da IQAir. A empresa suíça monitora a qualidade do ar em várias metrópoles ao redor do planeta, e o índice de poluição da capital paulista atingiu um preocupante 160 no Air Quality Index (AQI). Porém, os valores do índice eram maiores hoje, por exemplo, em Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC).

Além disso, apesar de outras regiões do mundo, como a província de Xinjiang na China, terem apresentado índices de poluição ainda mais graves, essas localidades não constam no ranking por não se tratarem de grandes cidades. A poluição de São Paulo superou metrópoles como Lahore e Kinshasa, reforçando a gravidade da situação enfrentada pelos paulistanos.

São Paulo lidera ranking global de poluição do ar

Cidade de São Paulo (Foto: lucasinacio.com/Shutterstock)

O monitoramento do ar na região metropolitana revelou que bairros como Carapicuíba e Osasco estão entre os mais afetados. As condições nessas áreas são classificadas como muito ruins, enquanto locais como Ibirapuera e Interlagos registram uma qualidade do ar apenas ruim.

O índice de qualidade do ar (AQI) atribui cores e números para facilitar a compreensão dos níveis de poluição. Entre 0 e 50, o ar é considerado de boa qualidade. Já entre 51 e 100, o ar é classificado como moderado, oferecendo riscos leves para grupos mais sensíveis.

São Paulo ultrapassou os 150, alcançando a faixa laranja, prejudicial para grupos vulneráveis e já provoca efeitos na saúde do público. Ao atingir a faixa vermelha, que vai de 151 a 200, a poluição do ar passa a ser insalubre, potencializando os riscos para a população inteira.

Defesa Civil emite alerta contra incêndios

Outro agravante da situação é o aumento do risco de incêndios, que já começaram a ser registrados em diferentes municípios do estado. A Defesa Civil está em alerta máximo, com mais de 48 cidades sob risco de focos de incêndio.

O calor intenso, combinado com a baixa umidade do ar, intensifica o risco de novos incêndios nos próximos dias. Adicionalmente, a previsão é de que essa emergência dure até o final da semana, com possibilidade de expansão do alerta.

A população de São Paulo, além de enfrentar as dificuldades impostas pela poluição do ar, ainda precisa lidar com as altas temperaturas e a falta de chuva, fatores que complicam ainda mais a situação.

É importante que os paulistanos tomem precauções extras. Ou seja, evitem a exposição ao ar livre em horários de pico e se hidratem constantemente para minimizar os efeitos da poluição e do calor.