Internet do mundo pode PARAR; saiba mais sobre o ‘apocalipse digital’

Possível tempestade solar estava prevista para 2025, mas pode acontecer um ano antes, entenda.

Desde o ano passado, as pessoas estão apreensivas com um suposto ‘apocalipse da internet’. O fenômeno teria sido anunciado pela NASA, no entanto, nada foi comprovado.

Ainda assim, cientistas têm analisado a situação e estão, inclusive, desenvolvendo um plano de contingência para lidar com possíveis impactos causados por uma tempestade solar.

Quando a ciência descobriu?

A história começa em 2021, quando um estudo mostrou que, além de impactar severamente as redes elétricas e as comunicações convencionais, uma ejeção de massa coronal de extrema intensidade também teria efeitos catastróficos na internet global.

Mesmo após a eletricidade ser restabelecida dias depois de um evento desse tipo, a internet permaneceria offline.

Fenômenos como esse já foram registrados três vezes: em 1859, ‘Carrington’, provocou um algo curioso, fazendo as agulhas de bússolas girarem descontroladamente, indicando o impacto de uma forte tempestade solar no campo magnético da Terra.

Já em 1929, durante três dias, estou em um incêndio de média escala na Estação Grand Central de Nova York, além de afetar a rede de telégrafos da cidade.

Em 1989, um acontecimento moderado de ejeção de massa coronal resultou na queda da rede elétrica da Hydro-Québec, no norte do Canadá. Isso deixou a região mais ao norte do país sem energia por cerca de nove horas.

Apesar desse incidente, passados mais de 30 anos sem um evento significativo, é provável que estejamos à beira de enfrentar um em um futuro próximo.

Possível tempestade solar pode deixar o mundo desconectado – Foto: Canva Pro/Reprodução

Existem chances reais do apocalipse acontecer?

De maneira resumida, tempestades solares são erupções de gás altamente ionizado da coroa do Sol.

Tais erupções carregadas afetam o campo magnético da Terra, resultando na completa queda de redes elétricas, comunicações e estações similares, causando blecautes prolongados.

Especialistas explicam que a preocupação abrange uma escala global. Enquanto as estações de fibra óptica regionais tendem a permanecer majoritariamente seguras, os cabos oceânicos que interligam continentes são identificados como os componentes mais vulneráveis.

Em caso de uma tempestade solar, esses cabos de internet poderiam ser impactados, resultando na interrupção significativa do fornecimento de conexão desde a fonte, destacando a amplitude do problema em termos globais.

Não criemos pânico!

A vulnerabilidade dos cabos submarinos ao chamado ‘apocalipse da internet’ está relacionada ao uso de repetidores, posicionados a intervalos de 50 km a 150 km ao longo do percurso.

Esses repetidores desempenham o papel crucial de amplificar o sinal dos cabos de fibra óptica, garantindo a integridade da transmissão.

Apesar da robustez dos próprios cabos, os repetidores, compostos por componentes eletrônicos, tornam-se suscetíveis aos efeitos de uma tempestade solar, explicando a fragilidade do sistema em face do fenômeno.

Especialistas destacam que uma interrupção generalizada da internet pode ser desencadeada por uma forte tempestade solar, um evento raro, mas plausível que ainda não ocorreu na era digital.

Peter Becker, pesquisador da Universidade George Mason, em parceria com o Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA, lidera um projeto visando criar um sistema de alerta capaz de informar a população aproximadamente 18 horas antes da chegada das partículas solares ao campo magnético terrestre, indicando o potencial de desencadear um possível ‘apocalipse da internet’.

“A internet alcançou a maioridade em um período marcado pela relativa tranquilidade solar. Atualmente, entramos em uma fase mais ativa do Sol. Este é um acontecimento inédito na história humana, pois é a primeira vez que experimentamos um aumento na atividade solar em meio a uma dependência tão significativa da internet”, esclarece o pesquisador.

O pico do atual ciclo solar, inicialmente previsto para 2025, está agora programado para ocorrer um ano antes.

De acordo com Becker, há aproximadamente 10% de chances de que, na década de 2030, ocorra ‘algo realmente grande’ capaz de interromper a internet. A equipe de cientistas monitora a atividade solar, observando o brilho do astro.

Ao identificar alterações indicativas do lançamento de Ejeções de Massa Coronal (CMEs) em direção à Terra, eles conseguem prever a chegada dessas partículas carregadas ao planeta.

Tal ocorrência poderia desencadear uma interrupção do campo magnético, e um alerta com 18 a 24 horas de antecedência seria crucial para desligar dispositivos e prevenir danos.

O pesquisador afirma que existem medidas para mitigar o problema, e o alerta é uma delas. Ele destaca que, a longo prazo, a discussão envolve o fortalecimento da internet, o que representa um desafio econômico.

O projeto em andamento seria como uma apólice de seguro, oferecendo uma salvaguarda. Embora seja possível nunca precisar disso, reforçar o sistema de maneira abrangente custaria trilhões.

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