Instituto alemão revela triste situação dos mares; entenda

A má gestão na produção de plásticos afeta até regiões inabitáveis pelo ser humano.

O problema dos plásticos em alto mar é uma questão ambiental crítica que ameaça a saúde dos oceanos e a vida marinha. O descarte inadequado de plásticos na terra leva ao seu acúmulo nos mares, onde podem levar anos para se decompor.

Além disso, os plásticos podem ser confundidos com comida por animais marinhos, causando a morte por asfixia ou intoxicação. A situação é lamentável pelo fato de que os oceanos carregam grandes quantidades de microplásticos, tornando mais difícil sua remoção e prejudicando ainda mais a vida marinha.

As novas descobertas

Recentemente, pesquisadores da Alemanha descobriram uma quantidade alarmante de lixo, incluindo plásticos, no oceano Ártico, que é conhecido por suas condições inabitáveis. Este achado é uma indicação preocupante da propagação do problema dos plásticos em alto mar para as áreas mais remotas do planeta.

O projeto, que é conduzido pelo instituto Alfred Wegener, começou várias pesquisas, cerca de 7 anos atrás, nos mares turbulentos do Ártico. Nestes projetos, foi constatada a presença de mais de 1 tonelada e meia de lixo, fato que surpreendeu os pesquisadores alemães.

Melanie Bergmann e Birgit Lutz são as comandantes do projeto que detectou os detritos em um lugar tão remoto. Com muitos tipos de plástico recolhidos, o instituto se pôs a analisar aqueles que continham informações sobre o lugar de origem, e as informações coletadas não foram tão surpreendentes quanto a origem de todo esse lixo.

A pesquisa apontou que a Europa é a principal responsável pela sujeira encontrada nas regiões estudadas. Entre os países europeus, a Alemanha é destacada como aquele que mais contribui para esse problema.

Todo esse estudo, na opinião do instituto, revela o quão prejudiciais os países mais ricos estão sendo para a fauna e flora do nosso planeta. Estes países possuem uma parcela de culpa gigantesca já que a superprodução gera muitos resíduos que acabam sendo lançados no mar.

“Nossos resultados destacam que mesmo os países industrializados prósperos, que podem pagar por uma melhor gestão de resíduos, fazem contribuições significativas para a poluição de ecossistemas remotos como o Ártico.

Assim, para enfrentar o problema de forma eficaz, não apenas a gestão local de resíduos – especialmente em navios e na pesca – precisa ser melhorada, mas é igualmente importante que a produção global de plástico seja massivamente controlada”, destaca Melanie.

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