Impacto da nomofobia: Brasil entre os principais viciados em celulares do mundo
O Brasil figura como o quarto país com maior incidência de nomofobia, conforme indicado por dados globais. Isso revela uma alta dependência tecnológica no uso de dispositivos móveis.
A ascensão da nomofobia, o vício em celulares, tornou-se um fenômeno preocupante em todo o mundo.
No Brasil, essa dependência alcançou níveis alarmantes, o que classifica o país como o quarto no ranking mundial de viciados em dispositivos móveis.
Uma pesquisa conjunta entre a Universidade McGill de Montreal, no Canadá, e a plataforma de descontos online CupomValido.com.br revelou que o Brasil está entre os quatro países com maior número de viciados em smartphones, assim fica atrás apenas da Malásia, Arábia Saudita e China.
Brasil é 4 º país no ranking global de nomofobia
A nomofobia é um termo que descreve o medo ou a ansiedade relacionada à falta de acesso ou ao uso constante de dispositivos móveis, como smartphones. Tal condição tem se tornado cada vez mais comum em uma sociedade altamente conectada digitalmente.
Indivíduos afetados pela nomofobia podem experimentar ansiedade extrema ou desconforto quando estão sem seus celulares.
Isso gera comportamentos compulsivos de checar constantemente o aparelho, mesmo em situações desnecessárias ou inadequadas.
Brasileiros são uma das nações que mais sofrem com vício em celular – Imagem: CupomValido.com.br/Universidade McGill/Reprodução
Os sintomas da nomofobia podem incluir irritabilidade, nervosismo, preocupação excessiva, palpitações, dificuldade de concentração quando o celular não está disponível e até uma sensação de pânico.
Esses sentimentos são frequentemente desencadeados pela ausência de sinal de celular, bateria descarregada, perda ou esquecimento do aparelho.
A dependência excessiva do dispositivo pode afetar negativamente a vida cotidiana, ao prejudicar relacionamentos pessoais, desempenho acadêmico ou profissional e a saúde mental e física.
De acordo com a Universidade McGill, a nomofobia é mais prevalente em países com culturas coletivistas, que valorizam as conexões interpessoais.
O Brasil exemplifica isso, visto que cerca de metade dos sites visitados são de redes sociais, o que evidencia a tendência à valorização das interações sociais no país.
O tratamento para nomofobia geralmente envolve abordagens terapêuticas, como terapia cognitivo-comportamental (TCC), que ajuda a identificar e modificar padrões de pensamento e ações relacionadas ao uso excessivo do celular.
Além disso, estratégias de gerenciamento de estresse, técnicas de relaxamento e estabelecimento de limites na utilização de dispositivos móveis são frequentemente recomendados.
O suporte de profissionais de saúde mental, psicólogos ou psiquiatras, pode ser fundamental para ajudar a pessoa a superar a nomofobia e a encontrar um equilíbrio saudável no uso de tecnologias móveis.