Funcionários denunciam más condições de trabalho no estúdio MAPPA

Profissionais do MAPPA Studio recorrem às redes sociais para expor condições de trabalho insatisfatórias, denunciando situações enfrentadas nos bastidores de produções.

Nos bastidores do mundo da animação japonesa, em que obras-primas ganham vida na tela, existe uma batalha silenciosa sendo travada. Animadores de “Jujutsu Kaisen“, uma série de anime amplamente aclamada, têm levantado suas vozes para denunciar o estúdio MAPPA, renomada empresa de animação por trás do sucesso.

Eles compartilham histórias de condições de trabalho desagradáveis, colocando um holofote sobre os desafios enfrentados por aqueles que trazem à vida os personagens e as histórias que cativam fãs em todo o mundo.

Animadores do MAPPA revelam más condições de trabalho no estúdio

Imagem: Millenium.gg/Reprodução

MAPPA é um renomado estúdio de animação japonês conhecido por produzir uma variedade de séries de anime populares e de alta qualidade. Fundado em 2011, o estúdio ganhou destaque por trabalhar em projetos notáveis, incluindo “Yuri!!! on Ice”, “Dorohedoro”, “Banana Fish” e “Jujutsu Kaisen”.

Sua abordagem criativa e seu estilo distintivo atraíram milhares de fãs, tornando a MAPPA uma das empresas líderes na indústria de animação japonesa.

No entanto, apesar de seu nome de peso no mercado da indústria de animações, a MAPPA agora está no centro de diversas denúncias de funcionários que informam que existem condições de trabalho desagradáveis. Os animadores usaram suas redes sociais para fazerem as alegações.

No final de setembro, surgiu a notícia de que o estúdio MAPPA havia requerido que seus funcionários assinassem um Acordo de Não Divulgação (NDA), proibindo a divulgação de informações sobre as condições de trabalho durante a produção da série baseada na obra de Gege Akutami.

Embora os NDAs não sejam incomuns na indústria de animação, eles geraram controvérsia, pois poderiam limitar a capacidade dos animadores de expressar preocupações sobre o processo de desenvolvimento.

Apesar da tentativa de silenciar os trabalhadores, a divulgação do contrato levou alguns profissionais a denunciar publicamente a empresa nas redes sociais.

“Silenciar a equipe de falar sobre como as condições de trabalho é ironicamente péssimo. Não me importo neste momento porque sim, o cronograma está além de terrível […]. Não comprometerei minha saúde por um trabalho que nem sequer cobrirá todo o meu aluguel, muito menos quaisquer outras despesas, meu trabalho principal e meu bem-estar geral significam mais para mim do que o medo de entrar na lista negra.” (Tweet apagado)

“É tão comum que os videoartistas sejam tratados como escravos, a tal ponto que ninguém questione.”

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