Fim dos treinos? Cientistas desenvolvem remédio que replica efeitos de exercícios no corpo
Um medicamento inovador que imita os efeitos da atividade física está sendo desenvolvido, oferecendo a promessa de uma alternativa para a melhoria da saúde sem a necessidade de exercícios físicos.
Em um cenário no qual a saúde e o bem-estar estão cada vez mais em foco, a ciência médica continua a surpreender com inovações que podem revolucionar a forma como abordamos questões como o controle de peso e a prática de atividade física.
Recentemente, um novo medicamento foi revelado como uma promissora alternativa para aqueles que buscam uma maneira eficaz de reduzir o peso corporal. Este remédio imita os efeitos benéficos da atividade física, oferecendo a possibilidade de uma abordagem mais acessível e prática para o emagrecimento.
Entenda como funciona o remédio que simula efeitos da atividade física
Foto: jcomp/Freepik
O novo medicamento, classificado como um mimético do exercício, está em fase inicial de desenvolvimento e deve oferecer benefícios similares aos da atividade física. Embora ainda esteja em fase de pesquisa, a substância pode ser uma promissora abordagem para tratar condições como diabetes, obesidade e perda muscular relacionada à idade.
O medicamento SLU-PP-332 não influencia o apetite ou o exercício, mas estimula uma via metabólica que imita os efeitos do treinamento físico, aumentando o gasto de energia e acelerando o metabolismo da gordura no corpo.
“Este composto está basicamente instruindo o músculo esquelético a realizar as mesmas mudanças observadas durante o treinamento de resistência. Quando tratamos ratos com essa droga, podemos ver que todo o metabolismo deles se volta para a utilização de ácidos graxos, o que é muito semelhante ao que ocorre com pessoas em jejum ou praticando exercícios. E os animais começam a perder peso”, explica Thomas Burris, professor da Universidade da Flórida que liderou as pesquisas com o medicamento.
A nova droga, direcionada às proteínas ERRs responsáveis pelas vias metabólicas em tecidos de alto consumo energético, como músculos, coração e cérebro, resultou em uma perda média de peso de 12% em ratos obesos, sem afetar a ingestão de alimentos ou aumentar o exercício.
Além disso, há indícios de que o composto pode ser eficaz no tratamento da insuficiência cardíaca, fortalecendo o músculo cardíaco. Até o momento, não foram observados efeitos colaterais graves. Os cientistas planejam avançar na pesquisa para transformar a droga em uma pílula e realizar testes adicionais antes de considerar ensaios em humanos.