Fim dos captchas? Entenda como novas tecnologias podem 'matar' essa ferramenta

Especialistas afirmam que os tradicionais captchas são ineficazes e invasivos, enquanto novos sistemas de segurança apostam em tecnologias mais inteligentes para garantir a autenticidade dos usuários.

Os famosos captchas, aqueles quebra-cabeças virtuais criados para comprovar a humanidade dos usuários na internet, têm sido alvo de críticas quanto à sua eficácia. Com o avanço da inteligência artificial, que se tornou mais sofisticada e capaz de solucionar esses desafios, a necessidade de novas soluções de segurança tornou-se evidente. Mas, com o avanço tecnológico, será o fim do captcha?

Quais são os pontos negativos do captcha?

Foto: Check Market

De acordo com a Forter, empreendimento especializado em tecnologia de prevenção de fraudes, para cada dólar perdido com transações falsas, uma empresa pode rejeitar erroneamente 30 dólares ao bloquear ou desencorajar clientes legítimos, muitas vezes por meio do uso de captchas.

Além disso, dados da Cloudflare, uma empresa de serviços de segurança da internet, mostram que as pessoas levam, em média, 25 segundos para resolver um captcha, o que pode se tornar uma experiência frustrante.

Outra questão importante é a invasão de privacidade. Quando um usuário se depara com um captcha, a tecnologia pode registrar permanentemente a identidade do dispositivo (seja telefone ou computador), o que permite rastrear sua presença online. Isso pode gerar preocupações com a segurança dos dados pessoais.

Além disso, os captchas podem ser particularmente desafiadores para pessoas com baixa visão ou outras deficiências, tornando a experiência na internet menos inclusiva. Diante desses problemas, novas tecnologias de segurança têm surgido, oferecendo uma abordagem mais inteligente e eficaz para autenticar os usuários.

A chegada de novas tecnologias

Esses sistemas inovadores não exigem mais que os usuários comprovem sua humanidade para um computador. Ao contrário, utilizam métodos mais inteligentes para identificar visitantes legítimos da web. Um exemplo disso é o desafio lançado aos navegadores da Web, como o Chrome, que são convidados a desenhar um pedaço aleatório de texto.

As pequenas diferenças nas fontes entre sistemas operacionais, como Mac e Windows, podem sinalizar se um navegador está sendo controlado por software automatizado ou por uma pessoa real. Essas abordagens mais inteligentes não apenas garantem maior eficácia na detecção de fraudes, mas também preservam a privacidade do usuário, evitando o registro permanente de dados pessoais.

O consenso entre os especialistas é claro: os tradicionais captchas estão perdendo sua eficácia e precisam ser substituídos por soluções mais inteligentes e adaptáveis. A busca por uma internet mais segura, inclusiva e confiável continuará impulsionando a inovação no campo da segurança digital, conforme o The Washington Post.

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