Exercícios físicos podem combater os efeitos negativos de dormir pouco

Uma pesquisa desenvolvida na China apontou que a prática de exercícios físicos e um sono saudável trazem mais longevidade.

Sabe-se que dormir menos de seis horas por dia pode trazer uma série de efeitos negativos para o nosso corpo e para a nossa mente. No entanto, na China, foi desenvolvida uma pesquisa que aponta que a prática de exercícios físicos pode neutralizar as consequências de dormir pouco.

Nesse sentido, o estudo foi realizado com o Dr. Jihui Zhang, do Hospital Cerebral Afiliado da Universidade Médica de Guangzhou, com mais de 90 mil pessoas, com idades entre 40 e 73 anos, que foram acompanhadas ao longo de um período de 10 anos.

Dessa maneira, os resultados da pesquisa foram publicados no European Journal of Preventive Cardiology, da Sociedade Europeia de Cardiologia. O curioso dessa pesquisa é que também foi descoberto que dormir demasiadamente (mais de 8 horas) não é positivo para a nossa saúde.

Como exercícios podem melhorar a vida de quem dorme pouco?

De acordo com Zhang, “o estudo demonstrou que o aumento dos níveis de atividade física enfraqueceu os riscos de mortalidade associados à curta ou à longa duração do sono”.

Sendo assim, o doutor concluiu que a prática de exercícios em conjunto com um sono saudável contribuem para aumentar a expectativa de vida. Contudo, ainda não está claro como a atividade física pode interagir com a duração do sono para promover a saúde.

Exercício
Foto: Shutterstock

Todavia, a pesquisa examinou os efeitos da atividade física e da duração do sono em conjunto sobre o risco de mortalidade usando acelerômetro, ou seja, os dados foram coletados por meio da pulseira de acelerômetro.

O cientista classificou a duração de sono por noite em curta (menos de 6 horas), normal (entre 6 e 8 horas) e longa (mais de 8 horas). Já as atividades físicas foram classificadas pela intensidade, podendo ser baixa, intermediária e alta.

Ao longo dos anos, foram coletados os registros de óbitos e observou-se que a maior parte dos participantes morreram por qualquer causa, porém, boa parte deles morreram com doenças cardiovasculares ou por câncer. 

A partir disso, foi possível compreender que aquelas pessoas que não se exercitavam ou tinham um sono curto ou longo têm risco entre 16% e 37% de morte por qualquer causa.

Nesse sentido, os participantes com sono curto e com atividades físicas intermediárias têm 41% de chance de morte por todas as causas. Já no caso daqueles com um alto nível de frequência de exercícios físicos, a duração do sono não foi associada ao risco de morte. 

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