EUA tem mais espaço: o que motivou a expansão territorial no país?

O dinamismo da Terra e questões geopolíticas são responsáveis por alterações em continentes e territórios.

Recentemente, os Estados Unidos (EUA) passaram por uma notável expansão territorial, o que gerou uma transformação significativa ao seu mapa geográfico.

Diferentes motivos podem resultar em um aumento de área. Isso inclui, por exemplo, conquistas em tempos de guerra ou eventos naturais como terremotos.

Nesse caso, a expansão foi resultado de uma revisão nas fronteiras da jurisdição norte-americana. O aumento vai além das fronteiras terrestres, abrangendo também a área da plataforma continental.

Essa plataforma se trata de uma extensão dos continentes caracterizada por sua planície e menor profundidade em comparação aos oceanos abertos. A área da plataforma continental abrange as águas circundantes do país.

Nova porção do oceano Atlântico é dos EUA

EUA está um pouco maior devido a alterações nas fronteiras oceânicas – Imagem: Departamento de Estado dos EUA/Reprodução

O Departamento de Estado dos EUA oficializou a mudança em 19 de dezembro, destacando novas porções dos oceanos Atlântico e Pacífico agora sob a soberania dos Estados Unidos.

A expansão, com um milhão de quilômetros quadrados, não passa despercebida. A delimitação da plataforma continental envolve uma análise minuciosa de fatores geofísicos.

Além disso, a profundidade nos espaços adjacentes ao país também foi analisada, ultrapassando as fronteiras marítimas internacionalmente estabelecidas.

Segundo informações do Departamento de Estado dos EUA, o processo de delineamento dessa expansão iniciou em 2003, com extensivos mapeamentos.

No entanto, a sensibilidade desse assunto é evidente, uma vez que ultrapassou as 200 milhas náuticas da costa, formando a chamada plataforma continental estendida (ECS, na sigla em inglês).

A amplitude para além das águas internacionais implica mais controle sobre atividades na região, como pesca e navegação, além de abrir portas para explorar recursos naturais, inclusive habitats marinhos vitais.

Nesse sentido, o potencial econômico, especialmente em termos de exploração de petróleo e minérios, destaca-se como um fator de consideração significativo.

Alguns acordos internacionais, como a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) de 1982, estabelecem limites para a plataforma continental.

Porém, reivindicações desse porte podem suscitar debates e tensões, especialmente com países vizinhos que podem questionar tais conquistas.

Esse cenário é particularmente evidente em regiões como a Ásia, onde estados próximos compartilham pequenas áreas marítimas, tornando a definição de limites territoriais uma questão complexa.

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