ETs poderiam enxergar luzes do planeta Terra? Cientistas respondem

Um investigador da pesquisa SETI (Busca por Inteligência Extraterrestre) lançou luz sobre a visibilidade de nossos arranha-céus para possíveis civilizações extraterrestres.

Enquanto muitos telescópios na Terra buscam sinais de vida alienígena em galáxias muito, muito distantes, um investigador da pesquisa SETI (Busca por Inteligência Extraterrestre) fez uma abordagem intrigante sobre esse meio.

Ele questionou se nossas construções e luzes são visíveis para civilizações alienígenas avançadas. Uma pergunta interessante a se fazer, não?

Publicado na revista Acta Astronautica, o estudo explora a possibilidade de sermos observados por seres de além das estrelas.

Nossas construções são visíveis aos alienígenas?

O pesquisador Z. N. Osmanov, motivado por sua suposição de que civilizações extraterrestres podem existir e nos observar, baseou seu estudo na universalidade das leis da Física.

Ao considerar que tais leis são corretas e aplicáveis universalmente, ele estabeleceu limitações para a visibilidade de nossas construções.

Estudo investiga possibilidade de alienígenas enxergarem construções humanas – Imagem: Freepik/Reprodução

Segundo Osmanov, a detecção de nossas construções seria possível a uma distância máxima de aproximadamente 3 mil anos-luz.

Sob certas condições, sociedades alienígenas avançadas do Tipo II, capazes de aproveitar toda a energia de uma estrela, teriam a capacidade de nos observar.

Uma condição essencial para uma civilização alienígena nos ver é que nossas construções já estejam de pé quando a luz emitida por elas atingir o destino cósmico da civilização observadora.

Isso estabelece uma distância máxima de visibilidade para qualquer sociedade alienígena.

Por exemplo, se nossas construções foram erguidas há cerca de três mil anos, civilizações alienígenas precisariam estar dentro do espectro de três mil anos-luz para observá-las.

Essa limitação sugere que, atualmente, apenas 650 civilizações alienígenas próximas poderiam detectar nossas estruturas atuais.

Explorando a história com telescópios extraterrestres

Para fundamentar suas conclusões, Osmanov explorou as capacidades das civilizações Tipo I e Tipo II, conforme a escala de Kardashev.

Civilizações Tipo I, que dominam toda a energia de seu planeta, não teriam tecnologia para construir telescópios capazes de nos observar.

Por outro lado, civilizações Tipo II, capazes de aproveitar a energia de uma estrela, poderiam possuir tecnologia para nos observar a distâncias significativas.

O estudo destaca que, enquanto sociedades do Tipo II podem ser capazes de nos ver, elas são mais raras, limitando o número potencial de observadores extraterrestres.

Seríamos visíveis apenas para aquelas que estão relativamente próximas, adicionando uma camada de complexidade à busca por sinais de vida além da Terra.

Osmanov propõe que, se existirem milhões de civilizações do Tipo II na Via Láctea, teríamos que filtrar aquelas a alguns milhares de anos-luz da Terra para serem potenciais observadoras.

Nesse cenário, essas civilizações poderiam agora direcionar seus poderosos telescópios em direção à Terra, testemunhando eventos históricos, como a construção das primeiras pirâmides no Egito.

O estudo, embora especulativo, adiciona uma nova dimensão à busca por vida extraterrestre, considerando não apenas a emissão de sinais, mas também a possibilidade de sermos visíveis através de nossas próprias criações.

A visão alienígena sobre nossa civilização, se existir, permanece um enigma fascinante no vasto cosmos.

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