‘Eternos’: Foi assim que o filme construiu representatividade no MCU
O que torna os Eternos, a nova geração de super-heróis, tão especial?
Quando a atriz mexicana Salma Hayek foi vista pela primeira vez no traje da super-heroína Ajak em Eternos, ela começou a chorar.
“Todos nós usamos aquele traje. Todas as mulheres em toda a América Latina, na Espanha… Porque meu personagem nos quadrinhos era um homem, e eles o transformaram em uma mulher e uma mulher latina: ela é a líder, ela é sábia, ela é o poder do matriarcado. Por fim, somos vistos como participantes dos momentos mais importantes da história da humanidade.”
A atriz contou esse relato durante a promoção da estreia de Eternos e assim resumiu por que o filme que a vencedora de dois Oscars Chloé Zhao fez para a Marvel Studios é tão especial e deixou os fãs tão apaixonados.
Eternos, baseado nos super-heróis criados para quadrinhos por Jack Kirby, conta a história de um grupo de alienígenas que passaram mais de 7.000 anos na Terra protegendo humanos dos Deviantes, criaturas fantásticas e aterrorizantes.
E, embora acreditassem que haviam acabado com eles, meio milênio depois eles reaparecem, forçando os 10 Eternos, que estavam espalhados pelo planeta Terra, a se reunirem novamente para destruí-los.
Mas além do fantástico e da aventura de ação, o filme da Marvel é um compromisso com a diversidade: gênero, diferentes habilidades, orientação sexual e racial. Pode parecer que essa vocação para a diversidade seja um gesto da diretora de origem asiática Chloe Zaho, que até Eternos havia apostado em uma forma bastante independente de fazer cinema.
“Todos esses elementos relacionados à diversidade já estavam no tratamento do filme. Meu trabalho tem sido garantir que esses elementos estejam lá por uma razão, não apenas por estar. E que aqueles momentos tivessem tanta humanidade que todos os públicos de todos os ambientes e contextos pudessem se sentir identificados”, explicou a diretora.